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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Discurso de Barack Obama

Caros Irmãos

Disponibilizo abaixo o discurso de Barack Obama na íntegra para que possamos avaliá-lo mais precisamente.
Fonte: http://www.atarde.com.br/mundo/noticia.jsf?id=1055202

"Meus caros cidadãos: Eu me coloco aqui hoje humildemente diante da tarefa à nossa frente, grato pela confiança com que vocês me honraram, ciente dos sacrifícios realizados pelos nossos ancestrais. Eu agradeço ao presidente Bush pelo seu serviço à nossa nação, bem como pela generosidade e cooperação que ele mostrou ao longo da transição.

Quarenta e quatro americanos agora já fizeram o juramento presidencial. As palavras foram ditas durante crescentes marés de prosperidade e as águas calmas da paz. Mas, de tempos em tempos, o juramento é realizado entre nuvens que se formam e tempestades violentas. Nesses momentos, a América seguiu à frente não somente pela habilidade ou visão dos que estavam no alto escalão, mas porque Nós o Povo permanecemos confiantes nos ideais dos nossos ancestrais e fiéis aos nossos documentos fundadores. Assim tem sido. Assim deve ser com essa geração de americanos.

Que nós estamos em meio a uma crise é agora bem sabido. Nossa nação está em guerra, contra uma rede de longo alcance de violência e ódio. Nossa economia está bastante enfraquecida, em consequência da ganância e irresponsabilidade por parte de alguns, mas também por nosso fracasso coletivo em fazer escolhas difíceis e preparar a nação para uma nova era. Casas foram perdidas; empregos cortados; negócios fechados. Nosso sistema de saúde está muito dispendioso; nossas escolas fracassam com muitos; e cada dia traz novas evidências de que as formas como usamos a energia fortalecem nossos adversários e ameaçam nosso planeta.

Esses são os indicadores da crise, assunto de dados e estatísticas. Menos mensurável, mas não menos profundo, é o enfraquecimento da confiança ao longo de nossa terra - um medo repetido de que o declínio da América é inevitável, e que a próxima geração deve diminuir suas perspectivas.

Hoje eu digo a vocês que os desafios que nós enfrentamos são reais. Eles são sérios e são muitos. Eles não serão vencidos facilmente ou em um período curto de tempo. Mas saiba disso, América: eles serão vencidos.

Nesse dia, nos reunimos porque nós escolhemos a esperança em vez do medo, a unidade de propósito em vez do conflito e da discórdia. Nesse dia, nós viemos para proclamar o fim às queixas mesquinhas e falsas promessas, às recriminações e aos dogmas desgastados, que por muito tempo já têm enfraquecido nossa política.

Nós continuamos uma nação jovem, mas de acordo com as palavras da Escritura, chegou a hora de se deixar de lado as infantilidades. Chegou a hora para reafirmar nosso espírito tolerante; para escolher nossa melhor história; para prosseguir com esse precioso dom, essa nobre ideia, passada de geração a geração: a promessa dada por Deus de que todos somos iguais, todos somos livres e todos merecem uma chance de buscar sua completa medida de felicidade.

Ao reafirmar a grandiosidade de nossa nação, nós entendemos que a grandeza nunca é dada. Ela deve ser conquistada. Nossa jornada nunca foi de atalhos ou de aceitar menos. Não foi a trilha dos inseguros - daqueles que preferem o descanso ao trabalho, buscam apenas os prazeres das riquezas e da fama. Em vez disso, (nossa jornada) tem sido uma de tomadores de risco, atuantes, fazedores das coisas - alguns celebrados, mas muitos outros homens e mulheres obscuros em seu trabalho - que nos levaram pela longa e espinhosa rota rumo à prosperidade e à liberdade.

Para nós, eles empacotaram suas poucas posses e viajaram pelos oceanos em busca de uma nova vida.
Para nós, eles trabalharam duro em fábricas exploradoras e seguiram rumo a Oeste; suportaram o açoite do chicote e lavraram a terra dura. Para nós, eles lutaram e morreram, em lugares como Concord e Gettysburg; Normandy e Khe Sahn.

Ao longo do tempo, esses homens e mulheres lutaram e se sacrificaram e trabalharam até suas mãos ficarem em carne viva, para que pudéssemos ter uma vida melhor. Eles viram a América maior do que a soma de suas ambições individuais; maior que todas as diferenças de nascimento ou riqueza ou facção.

Essa é a jornada que nós continuamos hoje. Nós permanecemos a mais próspera e poderosa nação da Terra. Nossos trabalhadores não são menos produtivos do que quando essa crise começou. Nossas mentes não têm menos imaginação, nossas mercadorias e serviços não são menos necessários do que eram na semana passada, no mês passado ou no ano passado. Nossa capacidade permanece a mesma. Mas nossa hora de proteger interesses estreitos e adiar decisões desagradáveis - esse tempo certamente passou.

Começando hoje, nós precisamos nos levantar e começar de novo o trabalho de reconstruir a América. Para todos os lugares que olhemos, existe trabalho a ser feito. A situação da nossa economia pede ação, ágil e rápida, e nós agiremos - não apenas para criar novos empregos, mas para lançar a fundação para o crescimento.

Nós construiremos as estradas e pontes, as instalações elétricas e linhas digitais que alimentam nosso comércio e nos mantém juntos. Nós levaremos a ciência a seu lugar de merecimento e controlaremos as maravilhas da tecnologia para aumentar a qualidade do sistema de saúde e reduzir seu custo.

Nós usaremos o Sol e os ventos e o solo para abastecer nossos carros e movimentar nossas fábricas. Nós transformaremos nossas escolas, faculdades e universidades para suprir as demandas de uma nova era. Tudo isso nós podemos fazer. E tudo isso nós faremos. Agora, existem alguns que questionam a escala das nossas ambições - que sugerem que nosso sistema não pode aguentar planos tão grandiosos. Eles têm memória curta. Porque eles se esqueceram de tudo o que nosso país fez; o que homens e mulheres livres podem conseguir quando a imaginação se junta para objetivos comuns e a necessidade para a coragem.

O que os cínicos não entendem é que o chão que eles pisam não é mais o mesmo - que as disputas políticas que nos envolveram por muito tempo não existem mais. A questão que perguntamos hoje não é se nosso governo é muito grande ou muito pequeno, mas se ele funciona - se ele ajuda as famílias a encontrarem empregos que pagam um salário decente, que tipo de seguridade eles dão, uma aposentadoria que seja digna.

Onde a resposta é sim, nós queremos ir em frente. Onde a resposta é não, os programas acabarão. E aqueles de nós que manejam os dólares públicos terão que prestar contas - para gastar de maneira sábia, reformar maus hábitos, e fazer nossos negócios à luz do dia - porque apenas assim nós podemos restaurar a confiança vital entre o povo e o governo. Também não á a questão que se apresenta a nós se o mercado é uma força para o bem ou para o mal.

Seu poder de gerar riquezas e expandir a liberdade é ilimitado, mas esta crise nos fez lembrar que sem vigilância, o mercado pode sair do controle - e uma nação não pode prosperar por muito tempo quando favorece apenas os mais ricos. O sucesso da nossa economia sempre dependeu não apenas do tamanho do nosso Produto Interno Bruto (PIB), mas do poder da nossa prosperidade; na nossa habilidade de estendê-la a cada um, não por caridade, mas porque esse é o caminho mais seguro para o bem comum. Quanto à nossa defesa comum, rejeitamos a falsa escolha entre nossa segurança e nossos ideais. Os fundadores do país, que enfrentaram perigos que sequer imaginamos, redigiram uma carta para assegurar o primado da lei e dos direitos do homem, uma carta expandida pelo sangue de gerações. Esses ideais ainda iluminam o mundo, e nós não vamos abandoná-los por conveniência. E, então, para todos os povos e governos que estão assistindo hoje, das grandes capitais ao pequeno vilarejo onde meu pai nasceu: Saibam que a América é amiga de cada nação e de cada homem, mulher ou criança que procure um futuro de paz e dignidade, e que nós estamos prontos para liderar uma vez mais. Lembrem-se que gerações anteriores enfrentaram o fascismo e o comunismo não apenas com mísseis e tanques, mas com alianças robustas e convicções duradouras. Eles entenderam que nosso poder sozinho não pode nos proteger, nem nos dá o direito de fazer o que quisermos. Em vez disso, eles entenderam que nosso poder cresce com seu uso prudente; nossa segurança emana da Justiça de nossa causa, da força de nosso exemplo, da têmpera das qualidades de humildade e moderação. Nós somos os guardiães desse legado. Guiados por esses princípios uma vez mais, podemos enfrentar novas ameaças que exigem um esforço maior - maior cooperação e compreensão entre as nações. Começaremos por sair do Iraque com responsabilidade e por criar um esforço de paz no Afeganistão. Com velhos amigos e antigos adversários vamos trabalhar incansavelmente para diminuir a ameaça nuclear, e reduzir o espectro do aquecimento global. Não vamos pedir desculpas por nosso modo de vida, nem vamos vacilar em sua defesa, e, para aqueles que procurarem avançar em seus objetivos produzindo terror e matando inocentes, diremos a eles que nosso espírito é mais forte e não pode ser quebrado; eles não poderão prevalecer e nós os derrotaremos. Sabemos que nossa herança multicultural é uma força, não uma fraqueza. Somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus - e ateus. Somos moldados por cada língua e cultura, de cada parte desta Terra; e por causa disso provamos o sabor mais amargo da guerra civil e da segregação e emergimos desse capítulo mais fortes e mais unidos; não podemos senão acreditar que os velhos ódios passarão um dia; que as linhas das tribos vão se dissolver rapidamente; que o mundo ficará menor, nossa humanidade comum deve revelar-se; e que a América vai desempenhar o seu papel em uma nova era de paz. Para o mundo muçulmano, buscamos um novo caminho a seguir, baseado em interesse e respeito mútuo. Para aqueles líderes pelo mundo que buscam semear o conflito, ou culpam o Ocidente pelos males de suas sociedades: Saibam que seus povos irão julgá-los a partir do que vocês podem construir, e não destruir. Para aqueles que se agarram ao poder por meio da fraude e da corrupção, saibam que estão no lado errado da História; mas nós estenderemos a mão se vocês estiverem dispostos a cooperar. Às pessoas das nações pobres, nós queremos trabalhar a seu lado para fazer suas fazendas florescerem e deixar os cursos de água limpa fluírem; para nutrir corpos famintos e alimentar mentes ávidas. E para aquelas nações como a nossa, que vivem em relativa riqueza, queremos dizer que não podemos mais suportar a indiferença quanto ao sofrimento daqueles que sofrem fora de nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos do mundo sem nos importar com as consequências. Nós devemos acompanhar as mudanças do mundo. À medida que entendemos o caminho que se desdobra diante de nós, recordamos com humilde gratidão aqueles bravos americanos que, a esta mesma hora, patrulham longínquos desertos e montanhas distantes. Eles têm algo a nos dizer hoje, como aqueles heróis caídos que jazem em Arlington murmuram através dos tempos. Nós os honramos não apenas porque eles não os guardiães de nossa liberdade, mas porque eles representam o espírito de servir ao país; a disposição de encontrar um significado maior que si mesmos. E ainda, neste momento - um momento que vai definir uma geração - é precisamente esse espírito que todos nós devemos viver. Porque, por mais que o governo possa fazer e precise fazer, em última instância é da fé e da determinação do povo americano que esta nação depende. É a bondade de receber um estranho quando os diques se rompem, é o desprendimento de trabalhadores que preferem reduzir suas horas a ver um companheiro perder o emprego o que nos auxilia em nossas horas mais sombrias. É a coragem do bombeiro de subir uma escada cheia de fumaça, mas também a disposição de pais de criar uma criança o que, no fim das contas, decide o nosso destino. Nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos com os quais nós os enfrentamos podem ser novos. Mas aqueles valores dos quais nosso sucesso depende - trabalho duro e honestidade, coragem e justiça, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo - essas coisas são antigas. Essas coisas são verdadeiras. Elas têm sido a força quieta do progresso ao longo de nossa história. O que se exige, então, é uma volta a essas verdades. O que se exige de nós agora é uma nova era de responsabilidade - um reconhecimento, por parte de todo americano, de que nós temos deveres para conosco, nossa nação e o mundo; deveres que nós não aceitamos a contragosto, mas com alegria, firmes no conhecimento de que não há nada tão satisfatório para o espírito, tão definidor de nosso caráter, do que dar tudo o que podemos numa tarefa difícil. Este é o preço e a promessa da cidadania. Esta é a fonte de nossa confiança - o conhecimento de que Deus nos convoca a dar forma a um destino incerto. Este é o significado de nossa liberdade e de nosso credo - por que homens e mulheres e crianças de toda raça e de toda fé podem se unir numa celebração neste magnífico Mall, e por que um homem cujo pai, menos de 60 anos atrás, poderia não ser servido num restaurante local, agora pode estar diante de vocês para fazer um juramento sagrado. Por isso, vamos marcar esse dia com a lembrança de quem somos e quão longe viajamos. No ano do nascimento da América, no mais frio dos meses, um pequeno grupo de patriotas se encolhia em torno de fogueiras que se apagavam, às margens de um rio gelado. A capital estava abandonada. O inimigo estava avançando. A neve estava manchada de sangue. Num momento em que nossa revolução estava em dúvida, o pai de nossa nação ordenou que essas palavras fossem lidas para o povo: "Que seja dito ao mundo futuro que, na profundidade do inverno, quando nada além da esperança e da virtude poderia sobreviver, a cidade e o país, alarmados diante de um perigo comum, saiu para enfrentá-lo." América. Em face de nossos perigos comuns, neste inverno de nossas dificuldades, vamos lembrar essas palavras eternas. Com esperança e virtude, vamos enfrentar uma vez mais as correntes geladas e resistir quaisquer tempestades que possam vir. Que seja dito pelos filhos de nossos filhos que, quando fomos testados, nós nos recusamos a deixar esta jornada terminar, que nós não viramos as costas, que nós não vacilamos; e, com os olhos fixos no horizonte e a graça de Deus sobre nós, levamos adiante o grande dom da liberdade e o entregamos com segurança paras as gerações futuras."

Teletransporte já é realidade para o homem

23 de janeiro de 2009
Por Salvador NogueiraFonte: Portal O Globo

Cientistas conseguem fazer teletransporte de um átomo inteiro
Spock se teletransporta em cena do próximo filme da série 'Jornada nas estrelas' (Foto: Paramount Pictures/Divulgação)
Pesquisadores nos EUA alertam: teleportar pessoas ainda está longe.Avanço na verdade ajudará no desenvolvimento de supercomputadores.
Um grupo de pesquisadores das Universidades de Maryland e Michigan, nos Estados Unidos, deu mais um importante passo no emergente campo do teletransporte. Eles conseguiram teletransportar um gordão. Um átomo gordão, melhor dizendo.No caso específico, reportado na edição desta semana do periódico científico "Science", o grupo liderado por Steven Olmschenk usou átomos de itérbio (um elemento pouco conhecido da tabela periódica, com nada menos que 70 prótons em seu núcleo).Eles conseguiram transferir as características de um dos átomos para outro semelhante a uma distância de um metro. O que, na prática, equivale a teletransportá-lo. Mas só na prática.Na verdade, nenhum dos dois átomos sai do lugar. O que viaja, por rotas ainda completamente misteriosas, é a informação, ou seja, as características quânticas, como a rotação. E o que era um passa a ser o outro, como num passe de mágica -- ou, como Albert Einstein se referiu ao fenômeno, numa "ação fantasmagórica à distância". Teletransportes quânticos, como são chamados, têm sido feitos desde 1997. O novo avanço consiste na capacidade de fazer a coisa acontecer com átomos inteiros compostos por múltiplas partículas, em vez de partículas mais simples como os fótons (componentes da luz), os candidatos mais prováveis a esse tipo de experimento, ou mesmo prótons.O sucesso só é possível porque, na misteriosa mecânica quântica, que rege o comportamento de objetos muito pequenos, as partículas não possuem características definidas até que elas sejam observadas. Mas, apesar disso, é possível juntar duas partículas diferentes de modo que elas fiquem intrisecamente relacionadas, mesmo que separadas pelo espaço.A esse fenômeno os cientistas dão o nome de entrelaçamento (entanglement). E aí, depois que duas partículas estão entrelaçadas, dependendo da interação que se promove com uma delas, voilà, as características são transferidas para a outra -- não importando a distância.Sonhos de ficçãoClaro que experimentos como esse evocam, imediatamente, imagens da série de TV "Jornada nas estrelas" ("Star trek"), em que os tripulantes da nave Enterprise desciam aos planetas usando um aparelho de teletransporte, que desmaterializava a pessoa e rematerializava-a no local desejado. (O aparelho é hoje particularmente cobiçado pelas pessoas que enfrentam o trânsito das grandes cidades para ir ao trabalho.)Entretanto, os cientistas admitem que fazer teletransporte de objetos mais complicados, compostos por zilhões de partículas, como o capitão Kirk, é um desafio que beira totalmente a impossibilidade."O teleporte quântico ocorre quando dois estados entrelaçados de duas partículas estão altamente correlacionados, de modo que é possível usar a interação com uma partícula para afetar a outra", explica o físico Lawrence Krauss, da Universidade Estadual do Arizona. "Mas essa correlação quântica é muito frágil. É por isso que pessoas e outros objetos macroscópicos agem de forma clássica, e não como na mecânica quântica."Na verdade, o grande objetivo dos pesquisadores é usar o teletransporte quântico -- que, na verdade, se resume a transportar informações de uma partícula a outra -- em novas tecnologias de computação.O sonho do computador quântico, que usaria as propriedades malucas das partículas para processar dados, é um que os cientistas de fato têm esperança de converter em realidade num futuro próximo. Essas máquinas permitiriam a realização de alguns cálculos hoje impossíveis e também aumentariam dramaticamente a segurança na transmissão de dados.Para o processamento de dados quânticos, a partícula favorita é mesmo o fóton, mais fácil de entrelaçar. Mas computadores também precisam de memória física, e para isso é bem melhor usar partículas com massa -- daí a importância do avanço recém-produzido pela equipe de Olmschenk

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Sobre a Atlântida - Paulo Ianuzzi

A História antiga da humanidade contém algumas lacunas envoltas em mistérios e enigmas ainda não desvendados. Enigmas que despertam no homem contemporâneo uma busca incessante pela sua verdadeira origem e por sua real História! Quem não se sente interessado, curioso ou até mesmo fascinado com o avanço técnico contido na Grande Pirâmide de Quéops, os Moais da Ilha de Páscoa, a construção de Macchu Picchu e a avançada cultura Inca, as Pirâmides Astecas, os complexos Maias e seu perfeito calendário, a arte e eloqüência Grega, os menires Celtas e a Grande sabedoria Veda, somente para citar alguns exemplos?Um estudo mais aprofundado nos leva a um lugar comum onde a ciência oficial ainda teima em negar (embora os menos ortodoxos admitam claramente) a teoria - para muitos, realidade - do Continente chamado Atlântida, berço da Quarta Raça Raiz!O continente Atlante situava-se no Atlântico Norte, indo desde a costa da atual Flórida (USA) até as ilhas Canárias e os Açores. Sua cultura era muito avançada. Em muitos pontos, ultrapassava a nossa com facilidade. Oriunda de um aperfeiçoamento e emigração dos remanescentes da Terceira Raça Raiz (Lemuriana), a raça Atlante alcançou rapidamente um patamar elevado em conhecimentos e tecnologia. Esta tecnologia diferia muito da atual em termos de padrão de frequência vibracional. Estava diretamente relacionada com as forças da Natureza e continha aspectos energéticos (metafísicos e radiônicos) e até espirituais unidos numa só Ciência (conceito praticamente impossível de ser aceito e assimilado pela "Ciência" atual).A raça atlante possuía um desenvolvimento bastante avançado das faculdades ditas paranormais, existindo uma "ligação direta" com outras realidades dimensionais. O conhecimento das Grandes Verdades Cósmicas era aberto, não existindo nada absolutamente velado. Mantinham intercâmbio com culturas provenientes de várias regiões do espaço (civilizações extraterrestres) e com os Seres das Hierarquias do Governo Oculto Espiritual do Planeta. Acredita-se que a tecnologia de construção e manipulação de energias das estruturas piramidais seja de origem extraterrestre, transmitida aos Atlantes , tais como as Pirâmides do Egito e do México (apenas réplicas dos originais atlantes).Na região conhecida como "Triângulo das Bermudas" existe um vórtice de energia espaço-temporal, gerado possivelmente pela Grande Pirâmide Atlante submersa ali. Neste local, além de outros fenômenos tais como a já rotineira alteração da leitura dos instrumentos de navegação, registram-se também muitas aparições ufológicas. Aliás, os atlantes dominavam máquinas voadoras que pousavam em qualquer parte do planeta, principalmente nas "Pistas de Nazca" no Peru.Foram encontrados no Egito e, principalmente na cultura Inca, caracteres hieroglíficos e objetos que lembram aeronaves, algumas apresentando as asas em delta! Tais objetos foram testados em túneis de vento, apresentando um comportamento aerodinâmico perfeito!Os "computadores" atlantes eram os próprios cristais de quartzo, utilizados principalmente como armazenamento de conhecimentos e acionados por poder mental (são os cristais "arquivistas" tão conhecidos dos cristaloterapeutas).O domínio dos cristais, juntamente com a manipulação de aparelhos radiônicos (a hoje conhecida "pilha cósmica" dos radiestesistas - um conjunto de semi-esferas sobrepostas - foi muito utilizada na Atlântida como arma de grande poder), era um dos pontos fortes de seu conhecimento, uma vez que, aliado a um grande poder mental, era gerado um formidável potencial energético altamente positivo quando bem direcionado, assim como incrivelmente devastador quando errônea e maleficamente utilizado.Houve um declínio dos padrões éticos, morais etc. que gerou estados vibratórios bastante densos. Aliás, este foi um dos principais (senão o principal) motivos do desaparecimento da civilização das Sete Portas de Ouro, que também fazia uso de tecnologia nuclear. A situação chegou a um estado crítico quando ocorreu a manipulação indiscriminada da engenharia genética, gerando verdadeiras aberrações, conhecidas hoje como os seres mitológicos de algumas culturas, tais como os Titãs da Mitologia Grega. Os Sábios e Sacerdotes Atlantes, prevendo a destruição, emigraram juntamente com os genuínos da Raça para outros pontos da Terra, levando consigo seus vastos poderes e conhecimentos que desde então têm sido passados de boca para ouvido pelos Iniciados, nas "Escolas de Mistério", a fim de que não caiam em mãos dos adeptos do "Caminho da Mão Esquerda" e outros irresponsáveis. Os lugares que já eram Colônias, tais como o Egito, pequena parte da Índia, América Central e do Sul, floresceram rapidamente com a chegada dos Sábios, assessorados por ET's. A principal Colônia, salvaguarda até os dias de hoje, grande parte dos conhecimentos poderosos num local muito bem guardado abaixo da Esfinge e das Pirâmides (construídas pelos atlantes sob supervisão extraterrestre) e em outros Templos ao longo do Nilo, no Egito. Tais "documentos" (os papiros sagrados de Toth) estão prestes a serem descobertos, segundo Edgar Cayce, famoso e conceituado paranormal norte-americano, que vislumbrou em visões tal fato, ainda na primeira metade deste século. Atualmente, descobertas formidáveis têm sido feitas no Egito pelos arqueólogos, constatando novas pirâmides e até um gigantesco Templo (ou palácio) abaixo de uma "moderna" estrutura do período Ptolomaico.Oficialmente, admite-se hoje que, provavelmente cerca de 55% do Antigo Egito ainda está sob as areias do Deserto e do tempo! E se há muito que desvendar, a hipótese da existência e conseqüente descoberta dos "documentos atlantes", ao contrário de absurda, como ainda teimam alguns céticos, é bastante previsível e até, concreta. Que dizer então das ainda mais enigmáticas civilizações Pré-Colombianas, das quais se conhece muito pouco? Que segredos encerram? E as civilizações da Amazônia? Que escondem as autoridades científicas e governamentais das potências mundiais sobre tais assuntos, num procedimento semelhante ao adotado no fenômeno UFO? Porque existe uma incidência cada vez maior de aparições ufológicas em tais locais?Associa-se a estes fatores, segundo estudiosos ocultistas, à passagem de um astro de grandes proporções com frequência vibratória baixa, com uma excentricidade de órbita bastante acentuada, passando pelas circunvizinhanças do Sol num período que se encurta cada vez mais. Sua última passagem ocorreu a aproximadamente 6.666 anos (o nº da Besta?) sendo o provável co-responsável pela separação do continente em três grandes ilhas e sua posterior submersão, uma a cada passagem, até a última, Poseidonis (revelada a Platão pelos Sacerdotes de Tebas, no Egito). Tal astro é mencionado exaustivamente pelos atuais espiritualistas pela sua importância no momento de "Transição de Eras" que o Planeta atravessa. A NASA, Agência Espacial Americana, confirmou uma perturbação considerável nas órbitas dos planetas exteriores (Urano, Netuno e Plutão) descoberta no início dos anos setenta. "Esta perturbação de natureza gravitacional", sugere a NASA, "é provavelmente causada por algum corpo não identificado e de proporções consideráveis". Acredita-se que atualmente, final dos anos noventa, sua posição seja bem mais próxima do Sol (embora a ciência negue a existência de tal corpo celeste). Embora as conjecturas apresentadas não sejam suficientes para provar a existência da Atlântida e sua cultura (a qual originou nossa 5º Raça Raiz, Ariana), elas são fortes em seu conteúdo e estão presentes nas tradições milenares de antigas civilizações e nos seus registros tais como os egípcios, vedas, e atuais tibetanos além das Escolas esotéricas, ocultistas e teosóficas e suas eminências, como Helena P. Blavatsky, que estudou e divulgou amplamente o tema.Chegamos finalmente a um atual "momentum vibracional" evolutivo planetário, muito parecido com o que existia em terras Atlantes na ocasião sua decadência, tanto em termos da baixa energia referente a dor, sofrimento, violência, moral, geradas pela humanidade, como aspectos cósmicos e fenômenos de natureza extraterrestre. Um novo Salto Evolutivo está às nossas portas. Um novo Céu, uma nova Terra e uma nova Jerusalém! Quem sabe uma nova e melhor Atlântida?

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

MOISÉS

Prezados(as) Senhores(as)

Um estudo muito interessante sobre Moisés

MOISÉS
Quem era esse homem?

Colocado num cesto ao rio,
É salvo pela filha do faraó, tem proeminência na corte egípcia…
E é ele quem vai receber os 10 Mandamentos ditados por YAWEH e o Livro da Aliança, no Monte Horebe.Com ele ocorre o episódio da “Sarça Ardente”, e qdo o povo espantado pergunta o q era aquele “maná” q caía dos céus, Moisés é quem esclarece q era o “pão que o Senhor vos dá para vosso alimento”. ÊX 16:31
Moisés veio 600 anos depois de Abrãao…
Outro personagem q tem uma ligação intrigante com o Egito é José, filho de IsraEL (Jacó) e de Raquel. Vendido como escravo no Egito, acaba ocupando o posto de Vizir. (!)
E suas estórias estão intimamente entrelaçadas.
*comentei anteriormente q José era o caçula de IsraEL/Jacó, mas não.
Seu irmão Benjamim q era;
Sua mãe Raquel morreu nesse parto.
Da linhagem de Benjamim veio Saul, q se tornou rei dos Judeus ungido por SamuEL (q mais tarde ungiu Davi);
Isso depois de um longo tempo em q o governo era feito pelos Juízes, representando as Tribos de IsraEL.
Muitos historiadores relutam com essa teoria dos israelitas-egípcios serem o povo de Hicsos…
Com relação aos deuses anunnaki,
O Egito era território Enkiita, ele tinha ficado com os domínios africanos e EnKi/Ptah e seu filho Amon/Rá/Marduk e Thot/Ninghizida estiveram ali por muito tempo.
Vamos então ver como Moisés surge nesse contexto.
Serão expostos excertos de livros de alguns autores q terão os devidos créditos ao final de cada exposição.
“Uma Nova Dinastia”
“O enredo que temos até agora é que, há cerca de 2600 a.C. e desde a 4° dinastia egípcia de Sneferu, o Templo de Serâbït el Khâdim estava operativo no Monte Horebe, no Sinai.
Era a dinastia de Khufu (Quéops), Khafre (Quéfrem) e Miquerinos, aos quais as três pirâmides de Gize são atribuídas.
Em Serâbit, os Grandes manufaturavam, a partir do ouro, um misterioso pó branco de projeção chamado mfkzt, que os israelitas perguntavam se era maná (o que é isto?).
O mfkzt era enformado como bolos cónicos (chamados de “pães brancos”) e alimentava os reis da Casa Real do Ouro.
Ele aparentemente acentuava suas qualidades de reinado e estava também ligado a um “campo” enigmático da Vida após a Morte para o qual os reis mortos eram transportados — o Campo de Mfkzt.
O Templo de Serâbit deixou de funcionar como local de trabalho alquímico na era ramessida (c. 1330 a.C.), quando o Senhor da Montanha passou os segredos da Casa do Ouro a uma nova ordem de sacerdotes aaronitas. “
*aaronitasEram sacerdotes da linhagem de Aarão, irmão de Moisés.

“Os dias das dinastias legítimas do Egito haviam acabado e novas influências externas pressionavam.
Ramsés I (de c. 1335 a.C.) não vinha de descendência real e, embora sua esposa Sitre fosse de uma linhagem de um primo do faraó, era demasiado afastada para ser considerada herdeira hereditária.
Em seguida à prematura morte do rei-menino Tutankhamon e à decadência da 18a dinastia, era tempo de a linhagem real partir.
Nesse ínterim, a irmã de Tutankhamon se casara em uma linha israelita da família.
Como a realeza egípcia era estritamente ligada à herança materna, ela era a verdadeira herdeira das antigas dinastias e estava presente no Sinai com seu marido e Moisés.
Os tesouros da Casa do Ouro (o Urim-Schamir e o Tumim-Schethiyâ) foram entregues aos cuidados de Moisés e dos novos sacerdotes israelitas que foram encarregados, no Sinai, de estabelecer uma dinastia real na Terra Prometida.
No devido momento, esse reis (descendentes da 18a dinastia do Egito) se tornariam a Casa Real de Judá, a linhagem de Davi, Salomão e, por fim, Jesus.
Antes, porém, tinham de entrar na terra de Canaã (mais tarde, Palestina), atravessá-la e conquistá-la antes que a nova monarquia pudesse ser estabelecida em Jerusalém.”
Laurence Gardner

A Sarça Ardente
“A Egiptiaca, de Maneto (conselheiro do faraó Ptolomeu por volta de 300 a.C.), registra que Moisés foi um sacerdote egípcio em Heliópolis.
O historiador judeu do século I, Flávio Josefo, não concorda com essa declaração de Maneto; mas, em seu Antiguidades Judaicas, ele próprio diz que Moisés era comandante do exército egípcio na guerra contra a Etiópia.
A rota para a descoberta da identidade de Moisés reside em seu nome que embora convertido para Mosheh, em hebreu, não tem origem israelita ou hebraica.
Esse fato, além da indicação em Êxodo 11:3: “Moisés era mui famoso na terra do Egito”, leva a perceber que o nome Moisés tem uma raiz egípcia.
Como citaram Sigmund Freud, James Henry Breasted, Ahmed Osman e outros que pesquisaram a etimologia, o nome Moisés, na verdade, deriva da palavra egípcia mose (grego: mosis), relacionada a um “rebento” “herdeiro”, como em Tutmose (Tutmoses): “nascido de Thot”, e Amenmose: “Nascido de Amon”.
O nome hebraico Mosheh supostamente deriva da palavra mosche, : significa “aquele que tira”, ou “o que tira”.
Isso viria do nome dado a Moisés pela filha do faraó, que tirou seu cesto de juncos do rio.
É extremamente improvável, porém, que uma princesa egípcia conhecesse etimologïia hebraica, especialmente porque o hebreu não seria a linguagem dos israelitas após mais de quatrocentos anos de estabelecimento no Delta.
Ela certamente teria dado um nome egípcio para o bebê que adotou.
Em segundo lugar, Moisés não era “o que tira”(o mosche), ele foi o “tirado”, cuja palavra hebraica equivalente era moshiu.
A raiz da história do menino no cesto de junco não é difícil de rastrear.
Ela aparece nos registros que os israelitas posteriores, que foram capturados por Nabucodonosor, na Babilónia (c. 586-536 a.C.), sem dúvida leram atentamente, com interesse ancestral. “

Sharru-Kîn
“Nas bibliotecas da Mesopotâmia haveria a história da Criação original, o Enüma elish, junto com o Épico de Gilgamesh, que descrevia a Grande Inundação, e a Tábua Adapa, que detalhava o primeiro homem que reinou, o Adâma.
Entre esses arquivos de argila (antigos já no século 6 a.C.) havia o protótipo da arca de juncos na Lenda de Sharru-kîn, que se tornou Sargão, o Grande, rei da Acádia (2371-2316 a.C.).
Um texto assírio relacionado a Sargão diz:
“Minha mãe de criação me concebeu; em segredo ela me carregou. Ela me pôs em um cesto de juncos e, com piche, ela selou a tampa.
Ela me atirou no rio, que não me cobriu.O rio carregou-me até Akki, o carregador da água” (…)
“O linguista histórico Ahmed Osman, nascido no Cairo, conduziu profundas pesquisas referentes à identidade de Moisés e aos costumes da época.
Além da óbvia semelhança com a Lenda de Sharru-Kîn, Osman aponta que, de acordo com os costumes daquele tempo, seria muito improvável que uma princesa egípcia solteira obtivesse permissão para adotar uma criança.
Segundo os registros egípcios, ele também explica que havia uma base factual para o conto do cesto de juncos, embora com um arranjo e um enredo mais compreensíveis.”

“Quem era então o bebê egípcio (que se tornou um homem) chamado Moisés, o legendário personagem que cumpriu sua famosa missão no monte Horebe e encontrou seu destino como patriarca da Lei Judaica?
Antes deste livro, discuti o legado de Moisés anteriormente tanto em A Linhagem do Santo Graal* como na Génesis ofthe Grau Kings.
Chegou a hora de montar as peças-chave, enquanto nos preparamos para embarcar em nossa jornada a partir do Sinai com a Arca da Aliança; uma jornada que nos levará através de mais de 1300 anos, até a era do Evangelho e os séculos que se seguiram.
Devemos rever alguns elementos familiares, o que é necessário para recriar a cena emergente, especialmente para os que não leram os outros trabalhos desta série.”

“Antes do século XX, pouco se sabia a respeito das antigas tradições cananéias, mas a partir de 1929 um grande número de textos, de cerca de 1400 a.C., foi encontrado em Rãs Shamra (a antiga cidade de Ugarit) no noroeste da Síria.
Mais recentemente, também, como em 1975, descobriram-se mais tábuas nos arredores de Tel Mardikh (a antiga cidade de Elba).
Personagens até então considerados apenas bíblicos eram trazidos à vida arqueologicamente, incluindo E-sa-um (Esaú), Ab-ra-mu (Abraão), Is-ra-ilu (Israel) e Ib-nun (Eber).
Essas descobertas, comparadas com outras similares na Mesopotâmia, no Egito e em outros locais, provam, sem deixar dúvidas, que não podemos limitar a história ao material disponível em arquivos a qualquer dado momento.
Há mais história adormecida sob os oceanos e as areias varridas pêlos ventos do que jamais poderemos encontrar.
O livro do Êxodo relata que a vida do bebê Moisés estava sob ameaça, porque o faraó decretara a morte de todos os varões israelitas recém-nascidos.
A suposta razão para essa sentença era que os israelitas “se multiplicaram e grandemente se fortaleceram; de maneira que a terra se encheu deles” Êxodo 1:7
Fora ordenado que “todo filho que nascesse deveria ser atirado ao rio”; assim, uma mulher da casa de Levi colocou seu menino de três meses em um cesto de juncos e piche, colocando-o entre os caniços da água. “

“A história torna-se então algo implausível, pois surge a filha do faraó, que não parece se importar com as ordens de seu pai.
Ela descobre o bebê e inicia uma conversa com a irmã dele, que por acaso estava por perto.
O bebê foi então devolvido a sua mãe, que foi paga pela princesa para criá-lo.
Em pouquíssimo tempo, o menino voltara ao ponto de partida e todo o medo de perseguição faraônica parecia ter sido esquecido!
Finalmente, a princesa adotou o menino como seu filho e o chamou Moisés, sem que ninguém pensasse em perguntar a respeito de seus pais naturais.
Eis a história bíblica da infância de Moisés;
já no verso seguinte (Êxodo 2:11), ele aparece como um homem adulto.”

José, O Grão-Vizir, Um influente israelita chamado Yusuf-Yuya (José) fora primeiro-ministro (vizir) do faraó Tutmoses IV e de seu filho Amnhotep III.
Quando Tutmoses morreu, Amnhotep casou-se com sua irmãzinha Sitamun (como era a tradicão real) para poder herdar o trono segundo a sucessão matrilinear.
Pouco depois, para ter também uma esposa adulta, Amnhotep casou-se com Tiye, filha de Yusuf-Yuya.
Decretara-se, porém, que nenhum filho de Tiye poderia herdar o trono e, por causa da extensão do poder do pai dela, havia um temor geral de que seus parentes israelitas estivessem ganhando demasiado poder no Egito.
Além disso, uma vez que Tiye não era a herdeira legítima, ela não podia representar o Deus do Estado, Amen (Amon).
Assim, quando Tiye ficou grávida, certos oficiais do palácio pensaram que seu filho deveria ser morto logo ao nascer, se fosse varão.
Sabendo disso, fizeram-se arranjos com os parentes israelitas, que viviam em Goshen, na região do Delta do Nilo.
Nas proximidades, em Zaru, Tiye tinha um palácio de verão, para onde foi para ter seu bebê.
Em seguida, as parteiras arranjaram para que o menino fosse criado pela cunhada de Tiye, Tey, da Casa de Levi.
O menino, Amenhotep (nascido c. 1394 a.C.), foi mais tarde educado em Heliópolis pelos sacerdotes egípcios de Ra (como explicado por Maneto a respeito de Moisés) e na adolescência passou a viver em Tebas.
Naquela época, sua mãe tornara-se mais influente que a rainha principal, Sitamun, que nunca tivera um filho e herdeiro do faraó, apenas uma filha, Nefertite.
O faraó Amenhotep III sofreu então uma doença e, como não havia herdeiro varão direto para a casa real, o jovem Amenhotep foi trazido à cena.
Ele se casou com sua meia-irmã, Nefertite, para reinar como co-regente durante esse período difícil e, quando seu pai morreu, sucedeu-o como Amenhotep IV.”

José, vendido no Egito era conhecido como Yusuf-Yuya teve uma filha de nome Tye.
Tye se casa com Amnhotep III,”Amon/Amen está alegre”.
Teve Amnhotep IV (Moisés), algumas vezes chamado de Amenófis IV.
Amenhotep IV casou-se com sua meia-irmã Nefertite, q era filha de seu pai com a espôsa Oficial, Sitamun.
Amenhotep IV mudou seu nome para Akenaton ,”Glorioso Espírito de Aten”, ou “Servo de Aton”, o deus sem rosto.
“No antigo Egito, era prática comum que os faraós se casassem com suas irmãs para prolongar seu reinado pela da linhagem materna.
Essas esposas eram, frequentemente, meias-irmãs dos faraós, nascidas de pais diferentes.
Pode-se ver em quadros genealógicos da época que, embora o Egito tenha tido muitas dinastias reais sucessivas, essas casas eram apenas renomeadas e renumeradas quando um faraó morria sem um herdeiro varão.
O importante era que sua rainha tivesse uma herdeira mulher; após o casamento dessa filha com outra linhagem masculina, uma nova dinastia iniciava-se.
É também evidente que muitos faraós tinham certo número de esposas estrategicamente escolhidas e que frequentemente se casavam com várias linhagens do sangue real original da Mesopotâmia, do qual descendiam as primeiras dinastias faraónicas.
Em tais casos, os príncipes coroados casavam-se com as filhas das rainhas secundárias ou as mais novas de seus pais, perpetuando assim uma descendência aparentemente patrilinear, mas na verdade elevando o sangue feminino de sua linhagem em favor de sucessivas gerações.”
“Por causa de sua criação parcialmente israelita, Amenhotep IV (algumas vezes chamado Amenófis IV) não podia aceitar as divindades egípcias e sua miríade de ídolos.
Assim, ele desenvolveu a noção de Aten, um deus onipotente sem imagem, representado por um disco solar com raios voltados para baixo (distinguindo-se do deus-sol egípcio Ra).
O nome Aten era equivalente à palavra hebraica Adon, um título emprestado do fenício, que significa “Senhor”, como a palavra igualmente familiar Adonai, que significa “Meu Senhor”.
Ao mesmo tempo, Amenhotep (Amen está contente) mudou seu próprio nome para Akhenaton (Glorioso espírito de Aten).
Fechou todos os Templos dos deuses egípcios, tornando-se muito impopular, particularmente entre os sacerdotes de Ra e os da divindade nacional anterior, Amen.
Com sua esposa Nefertite, Akhenaton teve seis filhas e mantinha uma vida doméstica extraordinariamente bem disciplinada. Mas havia complôs contra sua vida e ameaças de insurreição armada se ele não permitisse que os deuses tradicionais fossem adorados junto com o Aten sem rosto.
Ele recusou e acabou sendo forçado a abdicar em favor de seu primo, Smenkhkare, que foi sucedido por Tutancaten (filho de Akhenaton com sua segunda rainha, Kiya).
Ao chegar ao trono, com cerca de 11 anos, Tutancaten foi obrigado a mudar seu nome para Tutankhamon — denotando assim uma fidelidade renovada a Amen, no lugar de Aten —, mas ele viveria apenas mais nove ou dez anos.
Akhenaton, nesse tempo, foi banido do Egito em aproximadamente 1361 a.C.116, embora seus partidários ainda o considerassem monarca de direito.
Para eles, era o herdeiro vivo do trono de seu pai; eles ainda o viam como o Mose real (em grego: Mosis).”
“Desde o momento de seu exílio, Akhenaton (dali em diante igualado a Moisés) fez duas viagens ao Sinai, tendo retornado brevemente ao Egito entre elas, como explicado no livro do Êxodo.
O êxodo israelita geral, que ele liderou, ocorreu na segunda ocasião, por volta de 1330 a.C.
O culto a Aten continuou por algum tempo depois da morte de Tutankhamon, época em que a coroa foi transferida para seu tio-avô, Aye, marido de Tey, que criara Akhenaton e sua meia-irmã, Nefertite.
Tey era a Gloriosa — a Yokâbar, que a Bíblia chama Jochebede.
Aye foi sucedido por seu genro, o general Horemheb, que anulou Aten, proibiu a menção do nome de Akhenaton e amputou os reis de Amarna da lista oficial de Reis.
Destruiu também diversos monumentos da época; foi por essa razão que a descoberta do túmulo de Tutankhamon em novembro de 1922 foi recebida como uma grata surpresa, pois pouquíssimo se sabia a respeito dele anteriormente.
Inicialmente, como explicado em Êxodo 2:15-3:1,
Moisés fugiu para a terra de Midiã, a leste do Sinai peninsular.
Sua rainha principal, Nefertite,aparentemente morrera pouco tempo antes e, embora seus restos não tenham sido descobertos, um cartucho com seu nome foi encontrado nos anos de 1930 no túmulo real de Amarna.”
“Em Midiã, Moisés tomou outra esposa, Zípora, filha do senhor Jetro; ela lhe deu dois filhos, Gerson e Eliezer (Êxodo 2:22,18:4).
A história passa então à “SARÇA ARDENTE” no monte Horebe, no Sinai.
O arbusto estava envolvido em luz flamejante, mas não era consumido (Êxodo 3:2-4), e do meio dele surgiu um anjo.
O Senhor, El Shaddai, apareceu então em pessoa, anunciando a Moisés que ele deveria ser chamado “Eu sou o que sou”(3:14) —YHVH: Javé ou Jeová, em seguida, fizeram-se arranjos para que Moisés voltasse ao Egito e buscasse os israelitas, que haviam sido escravizados pelas severas autoridades novas.
Naquele momento, o reinado de Horemheb havia terminado e um regime completamente novo começara no Egito: a 19a Dinastia, cujo faraó instituído era Ramsés I.
Afastado do Egito durante muitos anos, Moisés evidentemente perguntou ao Senhor como ele poderia provar sua identidade aos israelitas, tendo recebido três instruções.
Elas embaraçaram os teólogos por muito tempo, porque, embora a Bíblia se oponha a todas as formas de magia, Moisés foi aconselhado a realizar três feitos mágicos.
Em geral, quando tais façanhas são discutidas, são chamadas de “milagres”, de forma que as realizações humanas sejam sempre superadas pelas supremas habilidades de Deus.
Mas nesse caso, Moisés aparentemente recebera poderes divinos que o capacitaram a convencer os israelitas de que era realmente seu rei deposto (Êxodo 4:1-9).”
AARÃO E MOISÉS
“Foi aconselhado primeiro a atirar sua vara na terra, onde ela se tornaria uma serpente que, quando segurada, voltava a ser vara.
Em segundo lugar, tinha de pôr a mão no peito; ao tirá-la, ela estaria leprosa e branca, mas voltaria ao normal quando o ato fosse repetido.
Em seguida, tinha de derramar água do rio sobre a terra seca, onde ela se tornaria sangue.
Até esse ponto da História, apenas uma irmã sem nome de Moisés fora apresentada (a irmã que falou com a filha do faraó junto ao rio), mas agora um irmão chamado Aarão surgia em cena (Êxodo 4:14), com consequências algo desastrosas.
Moisés e Aarão viajaram de volta ao Egito e se apresentaram aos israelitas, porém foi diante do faraó, e não dos israelitas, que a mágica da vara e da serpente foi realizada.
Além disso, não foi feita por Moisés, como planejado, mas por Aarão (Êxodo 7:10-12).
Essa sequência tem particular importância porque serve para indicar que, junto com Moisés, Aarão mantinha sua própria posição faraónica. “

“Os rituais da serpente-bastão e da mão leprosa (embora descritos como magia na Bíblia) eram ambos aspectos dos festivais de rejuvenescimento dos reis egípcios, cerimônias nas quais seus poderes divinos eram elevados.
Os faraós tinham alguns cetros (varas) para diferentes ocasiões; o cetro do rejuvenescimento era uma vara encimada por uma serpente de bronze.
Era também costume que o rei pusesse seu braço direito cruzado sobre o peito, sustentando-o com a mão esquerda.
Na tumba de Kherof, um dos camareiros da rainha Tiye, há uma representação pictórica da preparação para essa cerimônia. A cena retrata seu marido (o pai de Moisés), Amenhotep III.
Assim, será que Moisés (Akhenaton) tinha um irmão que era também faraó, cujo destino é desconhecido e que, da mesma maneira, consta nos registros como desaparecido e não morto?
Na verdade, ele teve, ao menos, um irmão de criação, cuja mãe era Tey, a Yokâbar, a ama-de-leite israelita de Akhenaton e Nefertite.
Como faraó, esse homem sucedeu por um curto período após a deposição de Akhenaton e era chamado Smenkhkare.
Era neto de Yusuf-Yuya, o vizir, e filho de Aye (irmão da mãe natural de Akhenaton, Tiye).Corretamente escrito, o nome desse faraó era Smenkh-ka-ra (Vigorosa é a alma de Ra).
Alternativamente, uma vez que Ra era o deus-sol da Casa da Luz de Heliópolis, chamada On, o faraó Smankh-ka-ra era também Semnkh-ka-ra-on, de cuja terminação fonética deriva o nome de Aarão.
Em paralelo, o nome também deriva da palavra semítica para “arca”, que era àron (para mais informações a respeito de Smenkhkare, ver Apêndice I: Enigma dos Túmulos).”

“Depois de estar no Sinai e em Midiã em seu exílio em 1361 a.C, Moisés retornou ao Egito com Aarão para defender a causa israelita contra o faraó Ramsés I, que aparentemente mantinha muitas famílias em trabalhos forçados.
Dado que sua própria 18a Dinastia havia terminado com o faraó Horemheb, que não teve herdeiro legítimo, uma nova dinastia se iniciara (c. 1335 a.C.) sob o antigo vizir de Horemheb, Ramsés, filho de um comandante de tropas chamado Seti.
Ao realizar os rituais secretos da serpente-vara e da mão leprosa, Aarão claramente desafiava o direito de sucessão de Ramsés; mas Ramsés controlava o exército egípcio, o que foi um fator decisivo na luta pelo poder.
Evidentemente, os primos de Amarna não teriam nenhum de seus direitos reais devolvidos, mas conseguiram persuadir Ramsés a permitir que os israelitas de Goshen deixassem o país.
Ramsés I não sobreviveu a seu segundo ano de governo, que coincidiria com a pretensa morte do faraó, narrada na Bíblia, durante a perseguição aos israelitas (Êxodo 15:19).
Porém, imediatamente após o acontecimento (mesmo antes da mumificação de Ramsés), seu filho Seti I iniciou uma campanha no Sinai e na Síria, levando suas tropas a um ligeiro assalto militar em Canaã.
O próprio fato de o povo de Israel ser chamado pelo nome em um relato documentado dessa campanha prova que os israelitas estavam em Canaã naquele tempo, pois eles (os Filhos de Israel) eram, especificamente, os descendentes de Jacó-Israel nascidos no Egito.
Fora do Egito, antes do Êxodo, havia muitos hebreus, mas poucos (se é que os havia) israelitas, e não havia terra de Israel.”
Laurence Gardner
OS SEGREDOS PERDIDOS DA ARCA DA ALIANÇA
-Cap. IV
Fora do Egito
Filhos de IsraEL





Israelitas-egípcios
“A presença de Jacó no Egito é diretamente mencionada, segundo A. Mallon em Os Hebreus no Egito, também em várias inscrições em escaravelhos que representam o nome laa-cob (o nome hebraico para Jacó).
Escrito algumas vezes no interior de um cartucho real , é soletrado em hieróglifos li-A-Q-B com o sufixo H-R, fornecendo à inscrição o significado “Jacó está satisfeito” ou “Jacó está em paz”.
Jacó tinha 130 anos de idade quando os Filhos de Israel começaram sua permanência no Egito, a qual, conforme a profecia, terminaria em escravidão quatrocentos anos mais tarde.
Com a morte e o enterro de Jacó e a subsequente morte de José, o Livro ao Gênesis se encerra.
“Foi depois da morte de Moisés, servo de lave, que lave falou com Josué, filho de Nun, o ministro de Moisés, dizendo:
Moisés, meu servo, morreu.
Levanta-te, portanto, e atravessa o Jordão, tu e todo esse povo, para a terra que dou a vocês, Filhos de Israel… assim como fui com Moisés serei com ti; não falharei e não te esquecerei… apenas sê forte e firme em observar e agir segundo os ensinamentos que Moisés, meu servo, passou a ti… não te voltes para a direita nem para a esquerda.”
Assim começa o Livro de Josué, com vima reiteração da promessa divina por uma lado e uma exigência de observância absoluta aos mandamentos de lave por outro.
Logo em seguida Josué, reconhecendo que um dependia do outro, percebeu que o problema residia no último.”
Zecharia Sitchin
Encontros Divinos
ZS fala sobre Moisés
“Foi então que lave chamou Moisés do interior da Sarça Ardente, dizendo que Ele decidira “descer e salvar” os israelitas de seu jugo no Egito e liderá-los de volta à Terra Prometida, e dizendo a Moisés que ele fora escolhido para ser o embaixador divino para conquistar a liberdade do povo perante o faraó e liderar os israelitas em seu Êxodo para fora do Egito.
No capítulo 3 do Êxodo ficamos sabendo que isso aconteceu quando Moisés estava pastoreando os rebanhos do sogro, “conduziu o rebanho para trás do deserto, veio ao monte dos Elohim, em Horeb” e viu lá o espinheiro queimando sem se consumir; aproximou-se então para verificar aquele fato incrível.
A narrativa bíblica se refere ao “Monte dos Elohim” como se fosse um local conhecido; o incomum do evento não foi que Moisés tenha levado para lá o rebanho, nem que lá houvesse espinheiros como a sarça.O aspecto excepcional foi que o espinheiro estivesse queimando sem se consumir!
Foi apenas o primeiro de uma série de impressionantes atos mágicos que o Senhor empregou para convencer Moisés, os israelitas e o faraó da autenticidade de sua missão e da determinação divina que a motivava. “
Atos Mágicos
“Para esse propósito, lave concedeu a Moisés três atos mágicos: seu cajado podia virar um cobra, depois voltar a ser cajado; sua mão podia ser leprosa e voltar a ser saudável; e ele podia derramar água do Nilo no solo e este continuava seco.
“As pessoas que desejavam sua morte estão todas mortas”, disse lave a Moisés; não temas;enfrenta o novo faraó e realiza as mágicas que concedi, e dize a ele que os israelitas devem ir livres para adorar seu Deus no deserto.
Como auxiliar, lave indicou Aarão, irmão de Moisés, para o acompanhar.”
PRAGAS EGÍPCIAS
“No primeiro encontro com o faraó, o rei não se deixou convencer.
“Quem é lave para que eu atenda seu chamado e liberte os israelitas?
Não conheço lave e também não libertarei os israelitas.”
E em vez de libertar os israelitas, dobrou e triplicou sua cota de tijolos.
Quando as mágicas com o cajado não impressionaram o faraó, Moisés foi instruído pelo Senhor a começar a série de pragas — “golpes”, se formos traduzir literalmente a palavra hebraica—que aumentaram em severidade quando o rei a princípio se recusou a libertar os israelitas;depois vacilou, depois concordou e mudou de idéia.
Dez ao todo, foram desde a transformação das águas do Nilo em sangue por uma semana, passando pela infestação do rio e lagos com sapos; infestação de percevejos nas pessoas e pestes no gado; devastação por granizo, enxofre e gafanhotos; e uma escuridão que durou três dias. “
A PÁSCOA HEBRAICA
“Quando nada disso conseguiu a liberdade dos israelitas, quando todas as “maravilhas de lave” falharam, veio o último e decisivo golpe:
todos os primogênitos do Egito, homens e gado, foram exterminados “quando lave passou pela terra do Egito”.
Mas as casas dos israelitas, marcadas com sangue nas portas, foram poupadas.
Naquela mesma noite, o faraó os deixou sair da terra do Egito; desde então esse evento é comemorado até hoje pelos judeus como a Pesach, a Páscoa Hebraica.
Aconteceu na noite do décimo quarto dia do mês de Nissan, quando Moisés tinha oitenta anos de idade — em 1433 a.C. segundo nossos cálculos.”
“O Êxodo do Egito se iniciou — porém não foi o final dos problemas com o faraó.
Quando os israelitas alcançaram a orla do deserto, onde o conjunto de lagos formava uma barreira aquática além das fortificações egípcias, o faraó concluiu que os fugitivos estavam encurralados e enviou carruagens rápidas para capturá-los.
Foi então que lave chamou um anjo:
“E moveu-se o anjo de Elohim diante do acampamento de Israel”, colocou a si mesmo e um pilar de nuvens escuras entre os israelitas e os perseguidores egípcios, para separar os acampamentos.
E durante aquela noite, “lave retirou o mar, com um forte vento oriental, a noite toda, e fez do mar terra seca, e foram divididas as águas.
E entraram os Filhos de Israel no meio do mar, no seco”.
De manhã cedo os egípcios tentaram seguir os israelitas através das águas divididas, mas assim que tentaram isso, a muralha de água os engolfou e eles pereceram.
Só depois desse evento — artística e vividamente recriado por Cecil B. DeMüle no filme épico Os Dez Mandamentos — é que os Filhos de Israel se tornaram livres para prosseguir através do deserto e suas vicissitudes até a ponta da península do Sinai
— o tempo todo guiados pelo Pilar Divino, que era uma nuvem escura durante o dia e uma chama brilhante à noite.
Água e comida foram milagrosamente providenciadas, e ainda havia uma guerra com inimigos amalecitas.
Finalmente, “no terceiro mês”, chegaram ao deserto do Sinai e “acampou ali Israel em frente ao monte”.
“Haviam chegado ao destino predeterminado: o “Monte dos Elohim”.
A maior de todas as teofanias estava a ponto de começar.
Houve preparações e estágios nesse Encontro Divino memorável e único, e um preço a pagar por suas testemunhas escolhidas, que começaram com “Moisés subiu a Elohim” e “chamou-o lave do monte”, para ouvir as condições para a Teofania e suas consequências.
Moisés recebeu instruções para repetir aos Filhos de Israel as palavras exatas do Senhor.
Agora, se ouvirdes atentamente minha voz e guardardes minha Aliança, sereis para Mim o tesouro de todos os povos, porque toda a Terra é minha.
E vós sereis para mim um reino de sacerdotes e um povo santo.
Antes disso, quando Moisés recebera sua missão no mesmo monte, lave afirmara sua intenção de “adotar os Filhos de Israel como seu povo”, e em troca “ser Elohim para eles”.
“Agora o Senhor explicava esse “acordo” envolvendo a Teofania — um evento único pelo qual os israelitas se tornariam um Povo Eleito, consagrado a Deus.
“E veio Moisés, chamou os anciãos do povo e expôs diante deles todas estas palavras que lhe ordenara lave.E respondeu todo o povo conjuntamente, dizendo: tudo o que falou lave, faremos.
E Moisés levou as palavras do povo a lave.”
Tendo recebido essa aceitação, “lave disse a Moisés:
Eis que venho a ti na espessura da nuvem, para que ouça o povo enquanto Eu falo contigo, e também em ti crerão para sempre”.
E o Senhor ordenou a Moisés que santificasse o povo e o aprontasse para dali a três dias, informando-os que “no terceiro dia descerá lave aos olhos de todo o povo sobre o monte Sinai”.
A aterrissagem, conforme lave indicou a Moisés, iria criar um perigo para todos que se aproximassem muito.
Disse a Moisés: “Marcarás limites ao povo em redor” do monte, para que mantivessem distância, dizendo a eles que não ousassem subir, ou mesmo tocar os limites do monte, pois “todo aquele que tocar o monte certamente será morto”.
Quando essas instruções foram seguidas, “foi no terceiro dia, ao raiar da manhã” que a prometida Aterrissagem de lave sobre o monte dos Elohim começou. “
ÊX 19
A TEOFANIA ÊX 20
“Quando essas instruções foram seguidas, “foi no terceiro dia, ao raiar da manhã” que a prometida Aterrissagem de lave sobre o monte dos Elohim começou.
Foi envolta em fumaça e fogo:
“E houve relâmpagos e trovões e nuvens pesadas por todo o monte, e o som de shofar muito forte; e estremeceu todo o povo que estava no acampamento”.
Quando começou a descida do Senhor lave, “Moisés levou o povo do acampamento ao encontro de Elohim, e ficaram ao pé do monte”, no limite que Moisés marcara ao redor do monte.
E o monte Sinai fumegava todo porque apareceu sobre ele lave em fogo.
E subiu sua fumaça como fumo de fornalha, e estremeceu muito todo o monte.
E o som do shofar foi andando e aumentando muito.
Moisés falava, e Elohim lhe respondia em voz alta.
(O termo shofar, associado nesse texto com os sons que emanavam do monte, é em geral traduzido como “trombeta”.
Literalmente, entretanto, significa “amplificador” — um dispositivo, acreditamos, para que a multidão israelita, ao pé da montanha, escutasse a voz de lave e sua conversa com Moisés.)
Assim procedeu lave, à vista de todas as pessoas — 600 mil delas — “E desceu lave sobre o monte Sinai, no cume do monte, e chamou lave a Moisés, ao cume do monte, e subiu Moisés.”
OS 10 MANDAMENTOS
“Então, do alto do monte, do interior da densa fumaça, “falou Elohim todas essas palavras: “pronunciando em seguida os Dez Mandamentos
— a essência da fé judaica, um guia de justiça social e moralidade humana:
um sumário da Aliança entre o Homem e Deus, todos os ensinamentos divinos expressos de modo sucinto.
Os primeiros três Mandamentos estabelecem o monoteísmo, proclamam lave como o Elohim de Israel, Deus único, e proibia a fabricação de ídolos e sua adoração:
I — Eu sou lave, teu Elohim, que te tirei da terra do Egito, da casa dos escravos.
II — Não terás outros deuses além de mim; não farás para ti imagem de escultura, figura alguma do que há em cima, nos céus e abaixo, na terra, e nas águas debaixo da terra.Não te prostrarás diante delas nem as servirás…
III — Não proferirás o nome de lave, teu Elohim, em vão.
A seguir veio um Mandamento cuja intenção é exprimir a santidade do Povo de Israel e sua aceitação de um padrão de vida mais elevado, ao guardar um dia da semana para ser o Sabá— um dia devotado à contemplação e ao descanso, aplicado da mesma forma a todas as pessoas, tanto humanos como seus animais:
IV — Seis dias trabalharás e farás toda tua obra; e no sétimo dia, o sábado de lave, teu Elohim, não farás nenhuma obra tu, teu filho, teu servo, tua serva, teu animal e o peregrino que estiver em tuas cidades.
O quinto Mandamento afirmativo estabelece a unidade da família assim como a unidade humana, liderada pelo patriarca e pela matriarca:
V — Honrarás teu pai e tua mãe, para que se prolonguem teus dias sobre a Terra que lave, teu Elohim, te dá.
A seguir vêm os cinco Mandamentos negativos, que estabelecem o código moral e social entre o Homem e o Homem, em vez de, como no início, entre o Homem e Deus.
VI — Não matarás.
VII — Não cometerás adultério.
VIII— Não furtarás.
IX — Não darás falso testemunho contra teu próximo.
X — Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo nem seu servo, sua serva, seu boi, seu asno e tudo que seja do teu próximo.”
LEI DOS HOMENS E LEI DE DEUS
“Muito foi dito, em livros incontáveis, sobre as Leis de Hamurabi, o rei babilônio do século XVIII a.C, que ele gravou numa estela (atualmente no Museu do Louvre), sobre a qual o monarca é mostrado recebendo as leis do deus Shamash.
Mas se tratava apenas de uma lista de crimes e castigos correspondentes.
Mil anos antes de Hamurabi, os reis sumérios estabeleceram leis de justiça social — não tomarás o jumento de uma viúva, decretaram eles, nem adiarás o salário de um trabalhador diarista (para citar dois exemplos).
Porém nunca antes (e talvez nem depois) dez mandamentos afirmaram, com tanta clareza, todos os essenciais que um povo íntegro e qualquer ser humano possam usar para se guiar!
Escutar a retumbante voz divina vinda do alto do monte deve ter sido uma experiência impressionante.De fato, lemos que “todas as pessoas viam trovões, as tochas e o monte fumegando, escutaram o som do shofar; e viu o povo e tremeu, e ficou de longe, e disseram a Moisés: Fala tu conosco e ouviremos, e não fale conosco Elohim, para que não morramos”.
Tendo pedido a Moisés para ser o porta-voz das palavras divinas, em vez de ouvi-las diretamente, “o povo afastou-se; e Moisés caminhou em direção às trevas espessas, onde estava a glória de Deus”.
£ disse lave a Moisés:
“Sobe a mim, ao monte, e fica ali; e dar-te-ei as tábuas de pedra, a lei e os mandamentos que escrevipara os ensinar”.”
“Assim (Êxodo, capítulo 24), é a primeira menção às Tábuas da Lei e a asserção de que foram escritas pelo próprio lave.
Isso é reafirmado no capítulo 31, em que o número de tábuas é declarado (duas), “tábuas de pedra, escritas com o dedo de Elohim”;
outra vez no capítulo 32: “tábuas inscritas em seus dois lados; de ambos os lados estavam inscritas.
E as tábuas eram obra de Elohim e a escritura eram as letras de Elohim, gravadas sobre as tábuas”.(Isso é reafirmado no Deuteronômio.)
Escritos nas Tábuas estavam os Dez Mandamentos, assim como ordens mais detalhadas para governar o comportamento diário do povo, algumas regras de adoração de lave e proibições estritas sobre a adoração ou mesmo a pronúncia dos deuses dos vizinhos de Israel.
Tudo o que o Senhor pretendia dar a Moisés como as Tábuas da Aliança, para ser mantido na Arca da Aliança, que seria construída de acordo com especificações detalhadas.”
“O recebimento das Tábuas foi um evento de significancia duradoura, embutido na memória dos Filhos de Israel e portanto necessitando de testemunhas do mais alto grau.
Portanto lave instruiu a Moisés que viesse receber as Tábuas, acompanhado por seu irmão Aarão, dois filhos de Aarão que eram sacerdotes e setenta anciãos da aldeia.
Eles não puderam subir até o alto (apenas Moisés teve permissão para isso), mas o suficiente para “ver o Elohim de Israel”.
Mesmo então, tudo o que podiam ver era o espaço sob os pés do Senhor, “obra de pura safira, e como a visão dos céus, em sua limpidez”.
Chegando assim tão perto, eles teriam normalmente perdido suas vidas; porém daquela vez, tendo-os convidado, “lave contra os grandes do povo de Israel não estendeu sua mão”.
Eles não foram abatidos e viveram para comemorar o Encontro Divino e testemunhar Moisés subindo para receber as tábuas:
E subiu Moisés ao monte,
e a nuvem cobriu o monte.
e a glória de lave pousou sobre o monte Sinai,
e cobriu-o a nuvem seis dias;
e Ele chamou a Moisés no sétimo dia,
do meio da nuvem…
E entrou Moisés pelo meio da nuvem
e subiu ao monte;
e esteve Moisés no monte por quarenta dias
e quarenta noites.”
O Tabernáculo
“Desde que as duas tábuas já haviam sido escritas, o longo tempo que Moisés passou no monte foi usado para instruí-lo sobre a construção do Tabernáculo, o Mishkan (”Residência”), na qual lave tornaria sua presença conhecida aos Filhos de Israel.
Foi então que, além dos detalhes arquitetônicos dados oralmente, lave também mostrou a Moisés o “modelo estrutural da Residência e o modelo de todos os instrumentos”.
Estes incluíam a Arca da Aliança, o baú de madeira marchetado com ouro, no qual as duas tábuas seriam guardadas, e no alto da qual os dois Querubins de ouro seriam colocados; aquilo, explicou o Senhor, seria o Dvir
— literalmente, o Falador
— “Falarei de cima do tampo, de entre os dois Querubins”.
Foi também durante esse Encontro Divino no alto do monte que Moisés foi instruído sobre o sacerdócio, nomeando os únicos que podiam aproximar-se do Senhor (além de Moisés) e oficiar no Tabernáculo: Aarão, irmão de Moisés, e seus quatro filhos.
Suas vestes foram elaboradamente prescritas, em todos os detalhes, incluindo o Peitoral do Julgamento, contendo doze pedras preciosas inscritas com os nomes das tribos de Israel.
O Peitoral também era usado para manter no lugar
— exatamente sobre o coração do sacerdote
— o Urim e o Tumim.
Embora o significado exato dos termos tenha iludido os estudiosos, fica claro de outras referências bíblicas (Números 27:21) que serviam como um painel de oráculo para obter um Sim ou um Não do Senhor como resposta a uma pergunta. “
“A pergunta que a pessoa queria fazer era colocada perante o Senhor pelo sacerdote “para pedir a decisão do Urim perante lave, e depois agir de acordo”.
Quando o rei Saul (I Samuel 28:6) procurou a orientação de lave sobre entrar ou não em guerra contra os filisteus, ele perguntou a lave em sonhos, pelo Urim, e por intermédio dos profetas”.
Enquanto Moisés estava em presença do Senhor, lá no acampamento sua longa ausência foi interpretada como má notícia, e o fato de ele não aparecer depois de algumas semanas foi uma indicação de que talvez ele tivesse perecido ao encontrar Deus; “quem já ouviu a voz de um Elohim vivo falando do interior do fogo e ficou vivo?”.
Então, assim que “o povo viu que Moisés demorava em descer do monte, dirigiu-se a Aarão e disse-lhe:
“Levanta-te, faze-nos deuses que andem diante de nós porque a esse Moisés, o homem que nos fez subir da terra do Egito, não sabemos o que aconteceu”.
Então Aarão, procurando invocar lave, construiu um altar para lave e colocou perante este a escultura de um bezerro folheada a ouro.
Alertado por lave, “Moisés desceu do monte, e as duas Tábuas da Aliança estavam em suas mãos”.
Z. Sitchin
Encontros Divinos

O BEZERRO DE OURO
“No livro do Êxodo, Moisés e os israelitas estão no monte Horebe, tendo viajado desde o Egito através do Mar Vermelho.
Moisés escala a rocha para falar com El Shaddai, o Senhor da Montanha (mais tarde chamado Jeová), que ensina que, a partir de então, ele será seu Deus e que eles não mais devem usar seu ouro para fazer ídolos e imagens deiformes.
Nesse meio tempo, no sopé da montanha, os israelitas ficavam impacientes e, acreditando que Moisés tinha se perdido — pois saíra havia muito — eles (aparentemente, milhares deles) removeram seus brincos de ouro e os deram a Aarão, o irmão de Moisés.
Sem alvoroço, ele derreteu os anéis e fabricou um bezerro de ouro para ser seu ídolo de veneração na viagem, dali em diante.
Logo depois, Moisés desceu da montanha e, enraivecido ante a dança em torno do ídolo, realizou uma transformação das mais extraordinárias.
Segundo Êxodo 32:20: “e pegando no bezerro que tinham feito, queimou-o no fogo e o reduziu a pó, que espalhou sobre a água e deu de beber aos filhos de Israel”.
Na prática, parece mais um ritual que uma punição, mesmo que tenha sido difundida como a história de um castigo.
Aarão derretera previamente o ouro no fogo para moldar a imagem, mas o que Moisés fez foi claramente diferente, porque a combustão do ouro produz ouro derretido, não pó.
A Septuaginta é ainda mais explícita ao afirmar que Moisés “consumiu o ouro com fogo”, implicando um processo mais fragmentário que esquentar e derreter. “
O Oxford English Dictionary define “consumir” como “reduzir a nada ou a pequenas partículas”.
Mas que processo é esse que, pelo uso do fogo, pode reduzir ouro a um pó?
E por que Moisés “o espalhou sobre a água” e a deu para que seus seguidores bebessem?
Aqui, novamente, a Septuaginta difere levemente, mas talvez de forma significativa, ao dizer que Moisés “semeou” o pó na Água”.
ALQUIMIA
“Paralelamente, considerava-se Moisés como guardião primário (um ARGUS)da sabedoria hermética, que viera do Egito.
Registra-se que ele era um estudioso de Hermes na Turba Philosophorum (Assembleia dos Filósofos), um trabalho latino do século XII traduzido a partir de fontes e árabes primitivas.
A transmutação do ouro chegava a ser de Arte Hermética Mosaica.
Tais referências remontam a um tratado do século XIII intitulado The Domestic Chemistry ofMoses, progredindo ao famoso Kitãb al-fihrist (Livro do índice) árabe do século X, de Ibn al-Nadim.
Tempos depois, seguiram-se os comentários acerca da Bíblia Mirqraot G ‘dolot do século XII, do judeu espanhol Abraão ibn Esram, e o Alchymica, do filósofo alemão do século XVII, Johann Kunckel, da Académie Royale.
Seja de fontes judaicas, muçulmanas, cristãs ou outras, Moisés era reverenciado por todos como um expoente fundamental da filosofia hermética. “
“Com relação à ignição do bezerro de ouro para transformá-lo em pó, a mesma observação é consistentemente feita em textos antigos (ver “O Objetivo Principal”, p. 23) — de que o aquecimento do ouro produz ouro derretido e a queima continuada simplesmente o deixa negro e imprestável.
A interpretação comum do Êxodo 32:20 é, portanto, enganadora até que a pessoa entenda a física do pó de ouro monoatômico (átomo simples), obtido pelo fogo de arco voltaico do electrikus (eletricidade).
De acordo com a doutrina cabalística, todo o mistério dos querubins repousa sobre uma compreensão dos princípios alquímicos como descritos no texto hermético de Jó 28:5-6.
Isso junta tudo o que já discutimos (fogo, pão, pedra, safira e ouro) em uma equação:
“Da terra procede o pão, mas embaixo é revolvida como por fogo.
Nas suas pedras se encontra safira e há pó que contém ouro”. “
Laurence Gardner
Os Segredos Perdidos da Arca Sagrada
OS HICSOS
Os Faraós Pastores Hicsos do Baixo Egito.
“A ideia central básica dos dois livros, Jesus e Tempest, é que o povo ISRAELITA não era simples escravo no Egito;
era, pelo contrário, a nação dos hicsos.
O povo de Hicsos era uma parte completamente integrada da população do Egito que habitava a área do Delta do Baixo Egito e fundou cidades importantes em Avaris e Mênfís.
Esse povo não era só influente e poderoso, tendo um exército substancial, mas também mantinha uma monarquia paralela à de Tebas no Alto Egito.
Esses líderes dos hicsos eram nada menos que os faraós do Egito, poderosos o suficiente para desafiar a regra dos monarcas de Tebas.
Apesar de seu poder, porém, os hicsos foram finalmente empurrados para fora do Egito pelo faraó de Tebas Ahmose I e, de acordo com o historiador Manetho, do século III a.C., eles então seguiram seu caminho em um grande êxodo para Jerusalém. “
Ralfh Ellis
As Chaves de Salomão
Cap I
A Monarquia Unificada
O CAJADO MÁGICO
Como vimos, à Moisés foram atribuídas algumas tarefas…e para opera-las tinha um Instrumento de Poder.
ZS escreve sobre isso.
“Essa trama de paralelos torna-se mais densa à medida que vamos tomando consciência da existência de outras lendas, como o antigo conto judaico que afirmava que o cajado, com o qual Moisés realizou muitos milagres, inclusive a separação das águas do lago de Juncos, foi trazido por Adão do Jardim do Éden.
Adão deu-o a Henoc que por sua vez passou-o para seu bisneto Noé, o herói do dilúvio.
Em seguida ele foi repassando-o pela linha de Sem, de geração em geração, até chegar a Abraão (o primeiro patriarca hebreu pós-diluviano).
O bisneto de Abraão, José, levou o cajado consigo quando foi ao Egito, onde alcançou a mais alta posição na corte do faraó.
Lá o cajado permaneceu entre os tesouros do reino e foi as¬sim que chegou às mãos de Moisés, pois este foi criado na corte e vivia como um príncipe egípcio antes de fugir para a península do Sinai.
Numa versão dessa lenda, o cajado era feito de uma única pedra; em outra, de um galho da Arvore da Vida que crescia no Jardim do Éden.”
HENOC E MOISÉS
“Nesses relacionamentos entrelaçados,voltando aos mais primevos dos tempos, também existiam lendas ligando Moisés a Henoc.
Um conto judaico, chamado “A Ascensão de Moisés”, fala que quando o Senhor chamou Moisés no monte Sinai e encarregou-o de levar os israelitas para fora do Egito, este resistiu à missão por vários motivos, entre eles sua fala vagarosa e pouco eloquente.
Determinado a acabar com essa humildade, o Senhor decidiu mostrar a Moisés “os anjos”, os mistérios do céu e o lugar onde ficava seu trono.
Então “Deus ordenou a Metatron, o Anjo da Fisionomia, para conduzir Moisés até as regiões celestiais”.
Apavorado, Moisés perguntou a Metatron:
“Quem és tu?”
E o anjo (literalmente: “emissário”) respondeu:
“Sou Henoc, filho de Jared, seu ancestral”.
Acompanhado pelo angélico Henoc., Moisés viajou pelos sete céus, viu o inferno e o paraíso e em seguida foi devolvido ao monte Sinai, onde aceitou sua missão.”
A Escada para o Céu
Cap. VI
Nos Dias Antes do Dilúvio
Serpentes, Encantamentos e Querubins
Em alguns pontos parece se contradizer “O Senhor” Yaweh em suas incumbências ao Moisés.
Laurence Gardner dá o seguinte enfoque à respeito:
“Mesmo na história do Sinai, o emblema relaciona-se diretamente à cura dos israelitas, quando o Senhor disse a Moisés:
“Faze uma serpente e põe-na em um bastão”. (As descrições “serpente de bronze” e “coluna” são em geral utilizadas nas Bíblias de língua inglesa, mas não era assim na Septuaginta grega original, que descrevia apenas uma “serpente” e um “bastão”.)
A anomalia intrigante aqui é a mesma irregularidade que existe com relação aos querubins dourados da Arca da Aliança.
As instruções para fazer tanto a serpente quanto o querubim supostamente vieram de Deus;porém, Ele também teria comandado o seguinte:
“Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra” (Êxodo 20:4).
Em um momento, temos Moisés admoestando Aarão e os israelitas por fazer um bezerro de ouro e, no seguinte, ele se ocupa em fazer uma serpente e querubins!
Sob tal inviolável prescrição, não parece plausível que Moisés tenha tido requisição divina para manufaturar formas de vida figurativas.
Por conseguinte, é provável que a serpente não fosse uma cobra como as outras e que os querubins não fossem anjos.”
“A maior dificuldade ao se pensar na Arca é a natureza dos querubins, o Senhor anteriormente dera a seguinte ordem:
“Não farás para ti em de escultura, nem semelhança alguma do que há acima nos céus,nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”(Êxodo 20:4).
Se os querubins fossem representações angélicas, como popularmente se retrata, a regra divina teria sido quebrada desde seu nascimento.
Não muito antes desse projeto de manufatura, Moisés, sustentando o que lhe fora ditado, admoestara Aarão por fazer um bezerro de ouro (Êxodo 32:20-21).
Portanto, é inconcebível que ele houvesse pedido a Bezalelque que fizesse um par de anjos de ouro.”
“Com relação a isso, não devemos ser automaticamente levados a crer que os querubins eram representações de formas de vida apenas porque tinham asas.
Aviões têm asas, xícaras têm asas, cântaros têm asas.
“Asa” é simplesmente uma projeção lateral que se estende a partir do corpo principal de um objeto.
Não devemos também ser desviados pelas criaturas aladas encontradas no artesanato egípcio e mesopotâmico.
Isso não quer dizer que os compiladores do Êxodo no século VI a. C. não tenham sido influenciados por tais imagens ao descrever a Arca, que aparentemente estava perdida para eles naquela época (cerca de quatrocentos anos depois de ela ter sido instalada no Templo de Salomão).
Se ela estivesse no Templo imediatamente antes da invasão de Nabucodonosor e nos setenta anos do cativeiro da Babilónia, em 586 a.C, o último sacerdote israelita a ter visto a Arca provavelmente devia ter morrido nesse ínterim, deixando os querubins abertos a interpretação.
Mesmo excetuando-se essa possibilidade, o fato é que (em qualquer estágio de sua residência no Templo) apenas o sumo sacerdote via a Arca.
Os escribas do Êxodo não teriam uma experiência pessoal e podiam apenas basear sua descrição na tradição e no diz-que-diz.”
Os Segredos Perdidos da Arca Sagrada
Cap. V
A Arca da Aliança


Por Roberto Benedetti.

Bolsa-Família vicia o cidadão

Bolsa-Família vicia o cidadão
Claudio HumbertoPublicado em 14.01.2009

Após relutar muito, o governo federal decidiu oferecer aos beneficiados do Bolsa-Família a “porta de saída” do programa: cursos de qualificação que os prepare para o mercado e lhes assegure empregos e vida digna.
Mas a iniciativa é um fracasso: das 400 mil cartas de convite enviadas até agora, apenas 6 mil bolseiros aceitaram a oferta. Os demais preferem o desemprego ou o subemprego, mas com bolsa-esmola.
A idéia era qualificar o bolseiro e cortar a bolsa um mês após ele estar empregado. Mas o prazo foi estendido para 24 meses, a próxima eleição. O programa de qualificação profissional dos bolseiros foi proposto pela Casa Civil aos ministérios do Desenvolvimento Social e do Trabalho.

O Ministério do Desenvolvimento Social resiste à porta de saída para o Bolsa-Família.

O programa beneficia 58 milhões de brasileiros/eleitores.

Da música Vozes da seca, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas:
“Esmola, para um homem que é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão.”

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

HARVARD - 20 CONSELHOS

SAúDE -
As universidades de Harvard e Cambridge publicaram recentemente um compêndio com 20 conselhos saudáveis para melhorar a qualidade de vida de forma prática e habitual

1- um copo de suco de laranja diariamente para aumentar o ferro e repor a vitamina C.
2- salpicar canela no café (mantém baixo o colesterol e estáveis os níveis de açúcar no sangue).
3- trocar o pãozinho tradicional pelo pão integral que tem quase 4 vezes mais fibra, 3 vezes mais zinco e quase 2 vezes mais ferro que tem o pão branco.
4- mastigar os vegetais por mais tempo. Isto aumenta a quantidade de químicos anticancerígenos liberados no corpo. Mastigar libera sinigrina. E quanto menos se cozinham os vegetais, melhor efeito preventivo têm.
5- adotar a regra dos 80%: servir-se menos 20% da comida que ia ingerir evita transtornos gastrintestinais, prolonga a vida e reduz o risco de diabetes e ataques de coração.
6- o futuro está na laranja, que reduz em 30% o risco de câncer de pulmão.
7- fazer refeições coloridas como o arco-íris. Comer uma variedade de vermelho, laranja, amarelo, verde, roxo e branco em frutas e vegetais, cria uma melhor mistura de antioxidantes, vitaminas e minerais.
8- Comer pizza. Mas escolha as de massa fininha. O Licopene, um antioxidante dos tomates pode inibir e ainda reverter o crescimento dos tumores; e ademais é melhor absorvido pelo corpo quando os tomates estão em molhos para massas ou para pizza.
9- limpar sua escova de dentes e trocá-la regularmente. As escovas podem espalhar gripes e resfriados e outros germes. Assim, é recomendado lavá-las com água quente pelo menos quatro vezes à semana (aproveite o banho no chuveiro), sobretudo após doenças quando devem ser mantidas separadas de outras escovas.
10- realizar atividades que estimulem a mente e fortaleçam sua memória... Faça alguns testes ou quebra-cabeças, palavras-cruzadas, aprenda um idioma, alguma habilidade nova... Leia um livro e memorize parágrafos.
11- usar fio dental e não mastigar chicletes. Acreditem ou não, uma pesquisa deu como resultado que as pessoas que mastigam chicletes têm mais possibilidade de sofrer de arteriosclerose, pois tem os vasos sanguíneos mais estreitos, o que pode preceder a um ataque do coração. Usar fio dental pode acrescentar seis anos a sua idade biológica porque remove as bactérias que atacam aos dentes e o corpo.
12- rir. Uma boa gargalhada é um 'mini-workout', um pequeno exercício físico: 100 a 200 gargalhadas equivalem a 10 minutos de corrida. Baixa o estresse e acorda células naturais de defesa e os anticorpos.
13- não descascar com antecipação. Os vegetais ou frutas, sempre frescos, devem ser cortados e descascados na hora em que forem consumidos. Isso aumenta os níveis de nutrientes contra o câncer.
14- ligar para seus parentes/pais de vez em quando. Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard concluiu que 91% das pessoas que não mantém um laço afectivo com seus entes queridos, particularmente com a mãe, desenvolvem alta pressão, alcoolismo ou doenças cardíacas em idade temporã.
15- desfrutar de uma xícara de chá. O chá comum contém menos níveis de antioxidantes que o chá verde, e beber só uma xícara diária desta infusão diminui o risco de doenças coronárias. Cientistas israelenses também concluíram que beber chá aumenta a sobrevida depois de ataques ao coração.
16- ter um animal de estimação. As pessoas que não têm animais domésticos sofrem mais de stress e visitam o médico regularmente, dizem os cientistas da Cambridge University. Os mascotes fazem você sentir se optimista, relaxado e isso baixa a pressão do sangue. Os cães são os melhores, mas até um peixinho dourados pode causar um bom resultado.
17- colocar tomate ou verdura frescas no sanduíche. Uma porção de tomate por dia baixa o risco de doença coronária em 30%, segundo cientistas da Harvard Medical School.
18- reorganizar a geladeira. As verduras em qualquer lugar de sua geladeira perdem substâncias nutritivas, porque a luz artificial do equipamento destrói os flavonóides que combatem o câncer que todo vegetal tem. Por isso é melhor usar á área reservada a ela, aquela caixa bem em baixo.
19- comer como um passarinho. A semente de girassol e as sementes de sésamo nas saladas e cereais são nutrientes e antioxidantes. E comer nozes entre as refeições reduz o risco de diabetes.
20- e, por último, um mix de pequenas dicas para alongar a vida: - comer chocolate. Duas barras por semana estendem um ano a vida. O amargo é fonte de ferro, magnésio e potássio.

- pensar positivamente.
Pessoas optimistas podem viver até 12 anos mais que os pessimistas, que ademais pegam gripes e resfriados mais facilmente. - ser sociável. Pessoas com fortes laços sociais ou redes de amigos têm vidas mais saudáveis que as pessoas solitárias ou que só têm contacto com a família. - conhecer a si mesmo. Os verdadeiros crentes e aqueles que priorizam o 'ser' sobre o 'ter' têm 35% de probabilidade de viver mais tempo.Uma vez incorporados, os conselhos, facilmente tornam-se hábitos...É exatamente o que diz uma certa frase de Sêneca:''Escolha a melhor forma de viver e o costume a tornará agradável'! -------------------------

Mais comodismo.

Porque usariam chips para dominar o ser humano?
Este nunca foi livre, sempre foi manipulado. A maioria de nós seres humanos não gostamos de pensar. Elegemos lideres, apoiamos governos, adotamos religiões, tudo para que não seja exigido de nós um pensamento independente. Esperamos que nos ditem as regras, nos dêem limites, para seguirmos cegamente. Entregamos nossa maior ferramenta a nossa mente na mão dos outros. Criamos um Deus dividido entre o bem e o mal. Inventamos um Capeta todo poderoso, até lhes demos um numero 666, como sinal da tal besta. A única besta que existe está em nós. E nossa falta de sabedoria! O universo e composto de uma única energia, e essa provem de Deus ou fonte divina. Enquanto procurarmos o poder fora de nós, seremos joguetes na mão dos outros, dos padres, pastores, guias, santos ou diabo a quatro. E hora de acordarmos para o poder divino que reside em nós. Respeitarmos o nossa origem divina o nosso Deus interior, e entregarmos a ele o direcionamento de nossas vidas. E hora de aceitarmos que somos deuses criadores e desapegarmos de nossa infância milenar.

Aquira (Brasil) 12/01/08

Ruído cósmico desconhecido - 13/01/2009

Sinal cósmico de origem desconhecida é detectado pela NASA
Redação do Site Inovação Tecnológica13/01/2009

Ruído cósmico desconhecido

Um estranho ruído cósmico está intrigando a comunidade científica mundial. Até o momento, os pesquisadores não têm explicações para a origem do misterioso sinal cósmico registrado por um balão estratosférico operado pela Nasa, a agência espacial norte-americana.
Segundo o diretor de Satélites e Aplicações e Desenvolvimento da Agência Espacial Brasileira (AEB), Thyrso Villela, a descoberta surpreendeu a todos, ao demonstrar que a ciência ainda "não compreende a natureza da maneira como acreditávamos entender", necessitando "aperfeiçoar" os modelos empregados para explicar fenômenos naturais.
"Esse sinal não havia sido previsto pelos modelos que temos hoje para explicar a origem e a evolução do Universo. É, literalmente, um mistério, algo não explicável pelos modelos físicos de que dispomos hoje", afirmou Villela.
Primeiras estrelas do Universo
O anúncio sobre a detecção do sinal foi feito durante a reunião da Sociedade Astronômica Americana, realizada na Califórnia (EUA). Segundo Alan Kogut e Michael Seiffert, pesquisadores que participam do projeto Arcade (do inglês, Radiômetro Absoluto para Cosmologia, Astrofísica e Emissão Difusa), o sinal desconhecido em frequências de rádio foi detectado enquanto o balão estratosférico da NASA buscava fontes de energia emitidas pelas primeiras estrelas a se formarem no Universo, há dezenas de bilhões de anos.
"Em 2005, os componentes feitos em São José dos Campos foram incorporados ao experimento ARCADE", diz Thyrso Villela. "O rigoroso controle dos erros instrumentais e a excelente sensibilidade do instrumento permitiram essa detecção", continua ele.
"Esperávamos medir um sinal de rádio que tivesse sido produzido pelas primeiras estruturas a se formar no universo. Ao invés disso, medimos um sinal seis vezes mais intenso e não havia forma de explicar isso", disse Villela, que participa do projeto Arcade junto com o também brasileiro Alexandre Wuensche, do grupo de Cosmologia Observacional da Divisão de Astrofísica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Radiação Cósmica de Fundo em Microondas
A imensa maioria dos objetos cósmicos emite ondas de rádio. Em 1931, o físico Karl Jansky detectou, pela primeira vez, um ruído estático em rádio emanada pela própria Via Láctea, a galáxia à qual o nosso Sistema Solar pertence.
O Universo como um todo é permeado por um sinal residual do Big Bang (teoria segundo a qual o Universo teria se originado a partir da explosão de um único átomo primordial).
Esse sinal residual, conhecido como Radiação Cósmica de Fundo em Microondas, pode ser verificado em frequências de rádio e microondas. Esse sinal foi descoberto em 1965 pelos astrofísicos Arno Penzias e Robert Wilson, que ganharam o Prêmio Nobel de Física de 1978 pela descoberta.
Novo ruído cósmico de fundo
Contudo, não existe um suficiente número de galáxias no Universo capazes de explicar a intensidade do estranho sinal detectado, seis vezes mais intenso que o produzido pelas estruturas mais antigas. Dessa forma, ele não pode ser atribuído a nenhum sinal já conhecido.
Segundo Dale Fixsen, um dos pesquisadores do projeto, "as galáxias teriam que estar praticamente coladas umas às outras, não havendo nenhum espaço entre elas", para que o sinal dessas fontes pudesse ser medido com essa intensidade.
Em conseqüência, o sinal emitido pelas primeiras estrelas encontra-se submerso nesse novo ruído de fundo cósmico, e sua detecção agora passa a ser uma tarefa ainda mais complicada.
A identificação e o estudo do sinal das primeiras estrelas podem trazer pistas importantes sobre o processo de formação das galáxias quando o Universo tinha menos da metade de sua idade e melhorar o nosso entendimento sobre como as fontes de rádio evoluíram no universo primordial.
Entendendo como as coisas funcionam na natureza
"O grande problema é que não existem idéias que possam explicar de forma objetiva a origem desse sinal. Supomos que as primeiras estrelas a se formar no Universo podem ter formado buracos negros e emitido esse sinal, mas ainda não fizemos as contas para verificar se algo assim explicaria a descoberta", disse Villela. "Ao nos depararmos com esse sinal tivemos que considerar várias possibilidades de erro, recalibrar instrumentos e refazer cálculos, pensando outras hipóteses que pudessem explicar tais sinais".
Para o cientista, embora pareça não ter qualquer vínculo com o cotidiano das pessoas, a descoberta é importante. "O objetivo inicial da ciência é entender como as coisas funcionam na natureza, entender a física que rege nosso mundo. Se conseguirmos entender como essas estruturas se formaram no universo, podemos descobrir aplicações que podem revolucionar nosso dia a dia", argumentou Villela, lembrando que o raio-laser já havia sido observado quase cem anos antes do homem dominar sua utilização. "Esse sinal pode ser uma nova pista de como a natureza funciona, do que provavelmente só poderemos tirar proveito daqui a algum tempo".
O que é o Arcade
O ARCADE é um experimento de astrofísica do Goddard Space Flight Center (GSFC), vinculado à agência espacial dos EUA (NASA), do qual participam o Jet Propulsion Laboratory (JPL), também da NASA, a Universidade de Maryland, a Universidade da Califórnia, Santa Bárbara, ambas nos EUA, e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de São José dos Campos (SP).
Ele foi projetado para estudar possíveis desvios da temperatura de 2,7 K da RCFM, que seriam causados pelo decaimento de partículas primordiais ou pela injeção de energia no Universo produzida pela primeira geração de estrelas formadas.
Entretanto, o que se mediu foi um sinal desconhecido, cerca de seis vezes mais intenso do que havia sido previsto. Já estão descartadas as hipóteses de emissão de estrelas primordiais, de fontes cósmicas de ondas de rádio conhecidas ou do gás contido no halo da nossa própria Galáxia, de modo que a origem do sinal tornou-se um grande mistério.
Balão estratosférico
O ARCADE voou a bordo de um balão estratosférico em julho de 2006, tendo sido lançado de Palestine, Texas (EUA). Ele operou durante algumas horas a cerca de 36 km de altitude, para evitar a influência da atmosfera nas medidas, e foi o primeiro instrumento a estudar o céu na faixa de freqüências de rádio com sensibilidade suficiente para detectar este sinal.
A imersão dos detectores do ARCADE em aproximadamente 2000 litros de Hélio líquido permitiu que a sensibilidade do instrumento fosse bastante alta e que ele pudesse operar a aproximadamente 2,7 K acima do zero absoluto (cerca de 270 graus Celsius negativos).
"Isso é o que faz a ciência ser tão empolgante", diz Michael Seiffert, do JPL, em Pasadena, Califórnia. "Tenta-se medir algo - nesse caso, a energia emitida pelas primeiras estrelas que se formaram no Universo - mas, ao invés disso, encontra-se outra coisa completamente nova e inexplicável".

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

+ Carl Sagan

"A química que produz a vida é reproduzida facilmente por todo o cosmo. Parece improvável que sejamos os únicos seres inteligentes. É possível mas improvável!"
- entrevista à Revista Veja, abril 82
"Se não existe vida fora da terra, então universo é um grande desperdício de espaço".
- If they be not inhabited, what a waste of space
"Na ciência é bem comum um cientista dizer, Quer saber, seu argumento é realmente bom; minha posição estava errada, e então eles realmente irão mudar de opinião e nunca mais irão voltar na antiga novamente. Eles realmente fazem isso."
- In science it often happens that scientists say, 'You know that's a really good argument; my position is mistaken,' and then they would actually change their minds and you never hear that old view from them again. They really do it.
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar".
- You can't convince a believer of anything; for their belief is not based on evidence, it's based on a deep seated need to believe
"A profecia é uma arte inútil".
"Alegações extraordinárias exigem provas extraordinárias. "
"Ausência de evidência não é evidência de ausência."
- Fonte: livro O Mundo Assombrado por Demônios
"Para poder fazer uma torta de maçãs do nada, você deve antes criar o universo."
"O universo não foi feito à medida do ser humano, mas tão pouco lhe é adverso: é-lhe indiferente. "
"A ciência não é apenas compatível com a espiritualidade; ela é uma profunda fonte de espiritualidade. "
"Em algum lugar, algo incrível está esperando para ser descoberto."
"Em toda e qualquer cultura, imaginamos o Universo governado por algo parecido com nosso próprio sistema político. Poucos acham a similaridade suspeita".
- Fonte: livro Pálido Ponto Azul.
"Um clero celibatário é uma idéia especialmente boa porque ela tende a suprimir qualquer tendência hereditária ao fanatismo".
- Fonte: livro Contato.
"Na vastidão do espaço e na imensidade do tempo, é uma alegria para mim partilhar um planeta e uma época com Annie".
- Dedicatória a esposa no livro Cosmos.
"O que estou dizendo é que, se Deus nos quisesse enviar uma mensagem, e escrever em papéis antigos foi a única forma que ele encontrou de fazer isso, ele poderia ter feito um trabalho melhor."
- Dr. Arroway no Livro Contato (New York: Pocket Books, 1985), p. 164.
"Ciência é muito mais uma maneira de pensar do que um corpo de conhecimento"
"Quase morrer é uma experiência tão positiva e construtora do caráter, que a recomendaria a todos - não fosse, é claro, o elemento irredutível e essencial do risco.".
- Bilhões e Bilhões, cap. 19 - No Vale da Sombra -, pg. 232, Companhia das Letras.
"Para mim, é muito melhor compreender o universo como ele realmente é do que persistir no engano, por mais satisfatório e tranquilizador que possa parecer."
As declaracoes acima são do cientista - Carl Sagan.

Carta aberta de Uri Avnery a Barack Obama

As humildes sugestões que se seguem são baseadas nos meus 70 anos de experiência como combatente de trincheiras, soldado das forças especiais na guerra de 1948, editor-em-chefe de uma revista de notícias, membro do parlamento israelense e um dos fundadores do movimento pela paz:
1)No que se refere à paz israelense-árabe, o Sr. deve agir a partir do primeiro dia.
2)As eleições em Israel acontecerão em fevereiro de 2009. O Sr. pode ter um impacto indireto, mas importante e construtivo já no começo, anunciando sua determinação inequívoca de conseguir paz israelo-palestina, israelo-síria e israelo-pan-árabe em 2009.
3)Infelizmente, todos os seus predecessores desde 1967 jogaram duplamente. Apesar de que falaram sobre paz da boca para fora, e às vezes realizaram gestos de algum esforço pela paz, na prática eles apoiavam nosso governo em seu movimento contrário a esse esforço.
Particularmente, deram aprovação tácita à construção e ao crescimento dos assentamentos colonizadores de Israel nos territórios ocupados da Palestina e da Síria, cada um dos quais é uma mina subterrânea na estrada da paz.
4)Todos os assentamentos colonizadores são ilegais segundo a lei internacional. A distinção, às vezes feita, entre postos “ilegais” e os outros assentamentos colonizadores é pura propaganda feita para mascarar essa simples verdade.
5)Todos os assentamentos colonizadores desde 1967 foram construídos com o objetivo expresso de tornar um estado palestino – e portanto a paz – impossível, ao picotar em faixas o possível projetado Estado Palestino. Praticamente todos os departamentos de governo e o exército têm ajudado, aberta ou secretamente, a construir, consolidar e aumentar os assentamentos, como confirma o relatório preparado para o governo pela advogada Talia Sasson.
6)A estas alturas, o número de colonos na Cisjordânia já chegou a uns 250.000 (além dos 200.000 colonos da Grande Jerusalém, cujo estatuto é um pouco diferente). Eles estão politicamente isolados e são às vezes detestados pela maioria do público israelense, mas desfrutam de apoio significativo nos ministérios de governo e no exército.
7)Nenhum governo israelense ousaria confrontar a força material e política concentrada dos colonos. Esse confronto exigiria uma liderança muito forte e o apoio generoso do Presidente dos Estados Unidos para que tivesse qualquer chance de sucesso.
8)Na ausência de tudo isso, todas as “negociações de paz” são uma farsa. O governo israelense e seus apoiadores nos Estados Unidos já fizeram tudo o que é possível para impedir que as negociações com os palestinos ou com os sírios cheguem a qualquer conclusão, por causa do medo de enfrentar os colonos e seus apoiadores. As atuais negociações de “Annapolis” são tão vazias como as precedentes, com cada lado mantendo o fingimento por interesses politicos próprios.
9)A administração Clinton, e ainda mais a administração Bush, permitiram que o governo israelense mantivesse o fingimento. É, portanto, imperativo que se impeça que os membros dessas administrações desviem a política que terá o Sr. para o Oriente Médio na direção dos velhos canais.
10)É importante que o Sr. comece de novo e diga-o publicamente. Idéias desacreditadas e iniciativas falidas – como a “visão” de Bush, o “mapa do caminho”, Anápolis e coisas do tipo – devem ser lançadas à lata de lixo da história.
11)Para começar de novo, o alvo da política americana deve ser dito clara e sucintamente: atingir uma paz baseada numa solução biestatal dentro de um prazo de tempo (digamos, o fim de 2009).
12)Deve-se assinalar que este objetivo se baseia numa reavaliação do interesse nacional americano, de remover o veneno das relações muçulmano-americanas e árabe-americanas, fortalecer os regimes dedicados à paz, derrotar o terrorismo da Al-Qaeda, terminar as guerras do Iraque e do Afeganistão e atingir uma acomodação viável com o Irã.
13)Os termos da paz israelo-palestina são claros. Já foram cristalizados em milhares de horas de negociações, colóquios, encontros e conversas. São eles:
a) estabelecer-se-á um Estado da Palestina soberano e viável lado a lado com o Estado de Israel. b) A fronteira entre os dois estados se baseará na linha de armistício de 1967 (a “Linha verde”). Alterações não substanciais poderão ser feitas por concordância mútua numa troca de territórios em base 1: 1. c) Jerusalém Oriental, incluindo-se o Haram-al-Sharif (o “Monte do Templo”) e todos os bairros árabes servirão como Capital da Palestina. Jerusalém Ocidental, incluindo-se o Muro Ocidental e todos os bairros judeus, servirão como Capital de Israel. Uma autoridade municipal conjunta, baseada na igualdade, poderia se estabelecer por aceitação mútua, para administrar a cidade como uma unidade territorial. d) Todos os assentamentos colonizadores de Israel – exceto aqueles que possam ser anexados no marco de uma troca consensual – serão esvaziados (veja-se o 15 abaixo) e) Israel reconhecerá o princípio do direito de retorno dos refugiados. Uma Comissão Conjunta de Verdade e Reconciliação, composta por palestinos, israelesnses e historiadores internacionais estudará os fatos de 1948 e 1967 e determinará quem foi responsável por cada coisa. O refugiado, individualmente, terá a escolha de 1) repatriação para o Estado da Palestina; 2) permanência onde estiver agora, com compensação generosa; 3) retorno e reassentamento em Israel; 4) migração a outro país, com compensação generosa. O número de refugiados que retornarão ao território de Israel será fixado por acordo mútuo, entendendo-se que não se fará nada para materialmente alterar a composição demográfica da população de Israel. As polpuldas verbas necessárias para a implementação desta solução devem ser fornecidas pela comunidade internacional, no interesse da paz planetária. Isto economizaria muito do dinheiro gasto hoje militarmente e a partir de presentes dos EUA. f) A Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza constituirão uma unidade nacional. Um vínculo extra-territorial (estrada, trilho, túnel ou ponte) ligará a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. g) Israel e Síria assinarão um acordo de paz. Israel recuará até a linha de 1967 e todos os assentamentos colonizadores das Colinas de Golã serão desmantelados. A Síria interromperá todas as atividades anti-Israel, conduzidas direta ou vicariamente. Os dois lados estabelecerão relações normais. h) De acordo com a Iniciativa Saudita de Paz, todos os membros da Liga Árabe reconhecerão Israel, e terão com Israel relações normais. Poder-se-á considerar conversações sobre uma futura União do Oriente Médio, no modelo da União Européia, possivelmente incluindo a Turquia e o Irã.
14)A unidade palestina é essencial. A paz feita só com um naco da população de nada vale. Os Estados Unidos facilitarão a reconciliação palestina e a unificação das estruturas palestinas. Para isso, os EUA terminarão com o seu boicote ao Hamas (que ganhou as últimas eleições), começarão um diálogo político com o movimento e sugerirão que Israel faça o mesmo. Os EUA respeitarão quaisquer resultados de eleições palestinas.
15)O governo dos EUA ajudará o governo de Israel a enfrentar-se com o problema dos assentamentos colonizadores. A partir de agora, os colonos terão um ano para deixar os territórios ocupados e voluntariamente voltar em troca de compensação que lhes permitirá construir seus lares dentro de Israel. Depois disso, todos os assentamentos serão esvaziados, exceto aqueles em quaisquer áreas anexadas a Israel sob o acordo de paz.
16)Eu sugiro ao Sr., como Presidente dos Estados Unidos, que venha a Israel e se dirija ao povo israelense pessoalmente, não só no pódio do parlamento, mas também num comício de massas na Praça Rabin em Tel-Aviv. O Presidente Anwar Sadat, do Egito, veio a Israel em 1977 e, ao se dirigir ao povo de Israel diretamente, mudou em tudo a atitude deles em relação à paz com o Egito. No momento, a maioria dos israelenses se sente insegura, incerta e temerosa de qualquer iniciativa ousada de paz, em parte graças a uma desconfiança de qualquer coisa que venha do lado árabe. A intervenção do Sr., neste momento crítico, poderia, literalmente, fazer milagres, ao criar a base psicológica para a paz.

(esta é uma carta aberta escrita por Uri Avnery, 85 anos, ex-deputado do Knesset, soldado que ajudou a fundar Israel em 1948 e que há décadas milita pela paz. A tradução ao português é de Idelber Avelar.)