Bolsa-Família vicia o cidadão
Claudio HumbertoPublicado em 14.01.2009
Após relutar muito, o governo federal decidiu oferecer aos beneficiados do Bolsa-Família a “porta de saída” do programa: cursos de qualificação que os prepare para o mercado e lhes assegure empregos e vida digna.
Mas a iniciativa é um fracasso: das 400 mil cartas de convite enviadas até agora, apenas 6 mil bolseiros aceitaram a oferta. Os demais preferem o desemprego ou o subemprego, mas com bolsa-esmola.
A idéia era qualificar o bolseiro e cortar a bolsa um mês após ele estar empregado. Mas o prazo foi estendido para 24 meses, a próxima eleição. O programa de qualificação profissional dos bolseiros foi proposto pela Casa Civil aos ministérios do Desenvolvimento Social e do Trabalho.
O Ministério do Desenvolvimento Social resiste à porta de saída para o Bolsa-Família.
O programa beneficia 58 milhões de brasileiros/eleitores.
Da música Vozes da seca, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas:
“Esmola, para um homem que é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão.”
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