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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

CRISE NA ECONOMIA MUNDIAL‏

Recebi e repasso.

Votos de luz.

Sol .


A CRISE DA ECONOMIA AMERICANA (Explicada de forma didática) Paul comprou um apartamento, no começo dos anos 90, por 300.000 dólares,financiado em 30 anos. Em 2006 o apartamento do Paul passou a valer 1,1milhão de dólares. Aí, um banco perguntou para o Paul se ele não queriauma grana emprestada, algo como 800.000 dólares, dando seu apartamentocomo garantia. Ele aceitou o empréstimo, fez uma nova hipoteca e pegou os800.000 dólares. Com os 800.000 dólares, Paul, vendo que imóveis não paravam de valorizar,comprou três casas em construção dando como entrada algo como 400.000dólares. A diferença, 400.000 dólares, que Paul recebeu do banco, ele secomprometeu: comprou carro novo (alemão) para ele, deu um carro (japonês)para cada filho e com o resto do dinheiro comprou TV de plasma de 63polegadas, notebooks, cuecas. Tudo financiado, tudo a crédito. A esposado Paul, sentindo-se rica, sentou o dedo no cartão de crédito. Em agosto de 2007 começaram a correr boatos que os preços dos imóveisestavam caindo. As casas que o Paul tinha dado entrada e estavam emconstrução caíram vertiginosamente de preço e não tinham mais liquidez. O negócio era refinanciar a própria casa, usar o dinheiro para compraroutras casas e revender com lucro. Fácil! Parecia fácil. Só que todomundo teve a mesma idéia ao mesmo tempo. As taxas que o Paul pagavacomeçaram a subir (as taxas eram pós fixadas) e Paul percebeu que seuinvestimento em imóveis se transformara num desastre. Milhões tiveram a mesma idéia do Paul. Tinha casa para vender como nunca. Paul foi agüentando as prestações da sua casa refinanciada, mais as dastrês casas que ele comprou, como milhões de compatriotas, para revender,mais as prestações dos carros, das cuecas, dos notebooks, da TV de plasmae do cartão de crédito. Aí as casas que o Paul comprou para revender ficaram prontas e ele tinhaque pagar uma grande parcela. Só que neste momento Paul achava que játeria revendido as três casas mas, ou não havia compradores ou os quehavia só pagariam um preço muito menor que o Paul havia pago. Paul sedanou. Começou a não pagar aos bancos as hipotecas da casa que ele moravae das três casas que ele havia comprado como investimento. Os bancosficaram sem receber de milhões de especuladores iguais a Paul. Paul optou pela sobrevivência da família e tentou renegociar com os bancosque não quiseram acordo. Paul entregou aos bancos as três casas quecomprou como investimento perdendo tudo que tinha investido. Paulquebrou. Ele e sua família pararam de consumir... Milhões de Pauls deixaram de pagar aos bancos os empréstimos que haviamfeito baseados nos preços dos imóveis. Os bancos haviam transformado osempréstimos de milhões de Pauls em títulos negociáveis. Esses títulospassaram a ser negociados com valor de face. Com a inadimplência dosPauls esses títulos começaram a valer pó. Bilhões e bilhões em títulos passaram a nada valer e esses títulos estavamdisseminados por todo o mercado, principalmente nos bancos americanos, mastambém em bancos europeus e asiáticos. Os imóveis eram as garantias dos empréstimos, mas esses empréstimos foramfeitos baseados num preço de mercado desse imóvel... Preço que despencou.Um empréstimo foi feito baseado num imóvel avaliado em 500.000 dólares ede repente passou a valer 300.000 dólares e mesmo pelos 300.000 não haviacompradores. Os preços dos imóveis eram uma bolha, um ciclo que não se sustentava, comoos esquemas de pirâmide, especulação pura. A inadimplência dos milhões dePauls atingiu fortemente os bancos americanos que perderam centenas debilhões de dólares. A farra do crédito fácil um dia acaba. Acabou. Com a inadimplência dos milhões de Pauls, os bancos pararam de emprestarpor medo de não receber. Os Pauls pararam de consumir porque não tinhamcrédito. Mesmo quem não devia dinheiro não conseguia crédito nos bancos equem tinha crédito não queria dinheiro emprestado. O medo de perder o emprego fez a economia travar. Recessão é sentimento,é medo. Mesmo quem pode, pára de consumir. O FED começou a trabalhar de forma árdua, reduzindo fortemente as taxas dejuros e as taxas de empréstimo interbancários. O FED também começou ainjetar bilhões de dólares no mercado, provendo liquidez. O governo Bushlançou um plano de ajuda à economia sob forma de devolução de parte doimposto de renda pago, visando incrementar o consumo, porém essas açõeslevam meses para surtir efeitos práticos.. Essas ações foram corretas e,até agora não é possível afirmar que os EUA estão tecnicamente emrecessão. O FED trabalhava. O mercado ficava atento e as famílias esperançosas.Até que na semana passada o impensável aconteceu. O pior pesadelo parauma economia aconteceu: a crise bancária, correntistas correndo parasacar suas economias, boataria geral, pânico. Um dos grandes bancos daAmérica, o Bear Stearns, amanheceu, na segunda feira última, quebrado,insolvente. No domingo o FED, de forma inédita, fez um empréstimo ao Bear, apoiadopelo JP Morgan Chase, para que o banco não quebrasse. Depois disso o Bearfoi vendido para o JP Morgan por dois dólares por ação. Há um ano elasvaliam 160 dólares. Durante esta semana dezenas de boatos voltaram aacontecer sobre quebra de bancos. A bola da vez seria o Lehman Brothers,um bancão. O mercado e as pessoas seguem sem saber o que nos espera napróxima segunda-feira. O que começou com o Paul hoje afeta o mundo inteiro. A coisa pode estarapenas começando. Só o tempo dirá. Castilho Finabank CCTVM E hoje, dia 15 de Setembro de 2008, o Lehman Brothers pediu falencia,desempregando mais de 26 mil pessoas e provocando uma queda de mais de 500(quinhentos ) pontos no Índice Dow Jones, que mede o valor ponderado dasações das 30 maiores empresas negociadas na Bolsa de Valores de New York -a maior queda em um único dia, desde a quebra de 1929. O dia de hoje, certamente, será lembrado para sempre na historia docapitalismo.

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