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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Fanatismo Religioso.

Fanatismo Religioso.
O fanático, segundo a definição do dicionário é aquele ou
ou aquela que se considera inspirado por uma divindade,
iluminado pelo espírito divino. É ainda aquele que é religioso
cego, excessivo e intolerante. Aquele, portanto, adere
cegamente a uma doutrina, a um partido; que é partidário
exaltado e faccioso. Aquele, ainda que tem dedicação,
admiração ou amor exaltado a alguém ou algo. E por fim,
acrescenta o dicionário: é alguém entusiasmado, apaixonado.


Todo sistema religioso tem seus pontos fundamentais e indiscutíveis
aos quais chamamos de dogmas. São “verdades” aceitas sem
discussão, apenas pela fé. No sistema cristão, em especial,
os pontos fundamentais que sustentam essa crença são
defendidos por seus teólogos com afirmações de que os
mesmos só podem ser entendidos por aqueles iluminados
pelo espírito santo, sendo isto também um outro dogma cristão.
Isto é útil para afastar os questionamentos daqueles que não
corroboram com essas idéias, pois estes “infelizes não receberam
as graças de Deus” ou “não conheceram Jesus”. É bem sofisticado
e engenhoso: dogmas para defender dogmas! Se aquele que não acredita
no dogma não pode questioná-lo, quem o fará?
De ordinário, geralmente são os velhacos e espertalhões que conduzem
os fanáticos e que lhes põe a arma nas mãos.
O cérebro atingido pelo vírus do fanatismo dificilmente tem cura.
Quando contrariado em suas convicções, o fanático fica quase que
tomado por convulsões, o furor desfigura suas faces , seus olhos
se injetam, seus membros tremem.
O fanatismo é a droga com que os tiranos alimentam as multidões.
Existem muitas formas de fanatismo e vários tipos de fanáticos.
Existem os fanáticos pelo Corinthians, que deixam de comer a perder
uma partida. Existem aqueles que votam em corruptos apenas porque
são do seu partido político. Mas os fanáticos com que mais temos que
ter cuidado são os fanáticos religiosos. Esses, matam em nome de Deus.
Em nome da fé cega, (leia-se fanatismo) milhões já foram sacrificados.
A religião para esses infelizes, longe de ser para eles um alimento salutar,
um motivo de alegria e prazer, a fonte da leveza da alma, a busca do
conhecimento e da prosperidade, a prática da bondade, da caridade,
da justiça e principalmente do amor, transforma-se em veneno nos seus
cérebros infeccionados.
O fanatismo é uma doença existencial com fortes elementos de ordem
emocional, como uma ferida infectada, cuja característica marcante é
o hábito sistemático de fugir da realidade e de mentir para si próprio,
e de fazer com que os outros acreditem em sua mentira. Disse o grande
escritor peruano Mario Vargas Llosa " Por definição, toda religião –
toda fé – é intolerante, pois proclama uma verdade que não pode
conviver pacificamente com outras que a negam.”
E não há outro remédio contra essa doença epidêmica senão o espírito
filosófico, que progressivamente difundido, adoça a índole dos homens,
prevenindo os acessos do mal e suas consequencias.
Desconfio dos teólogos, pois não sei em que escola eles foram "doutrinados",
nem quais as religiões que professam, porém, aos filósofos, dou especial
crédito e atenção, pois longe de quererem me transformar em anjo ou demonio,
ensinam-me a pensar.
"O que torna cada ser humano especial é o fato de ser um indivíduo único.
Em cada mente existe uma luz rara, com um brilho particular que não
pode ser reproduzido em nenhuma outra. Aquele que cede ao fanatismo
atenta contra o brilho da própria individualidade, apaga sua própria luz
e mergulha na escuridão."

Fraternal Abraço e Luz!


Sol Tcharlo

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